OMM registra aumento da temperatura global pelo quarto ano consecutivo


Chuvas ou secas intensas, falta de alimentos e inviabilização de atividades simples, como a prática de esportes. Você sabe o que as mudanças climáticas têm a ver com estes problemas? Em 2015, com a assinatura do Acordo de Paris, 195 países se comprometeram a evitar que o aquecimento global ultrapasse 1,5°C. Contudo, os recordes de aumento de temperatura vêm sendo superados desde o mesmo período. Em 2018, não foi diferente: foram registradas as maiores temperaturas desde o início das medições, em 1850, pelo quarto ano consecutivo.

O dado da Organização Meteorológica Mundial (OMM) chama a atenção para uma questão urgente: o controle do aquecimento global. Os reflexos das emissões desenfreadas estão nos fenômenos como furacões, ondas de calor e/ou frio extremo, incêndios florestais e até mesmo a fome: em 2017, segundo relatório da OMM, 59 milhões de pessoas sofreram com desnutrição após secas e enchentes no continente africano.

Gases de Efeito Estufa

Muito além do derretimento das geleiras e avanço do nível do mar – que compromete inclusive cidades brasileiras, como Santos, Rio de Janeiro e Recife – o aumento da média de temperatura no planeta é decisivo para a manutenção da biodiversidade e o funcionamento do ecossistema. Para conter esta situação, um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estima que, em 12 anos, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) devem ser reduzidas em 45%. Para evitar catástrofes, os lançamentos de GEE devem zerar ainda neste século.

Grande parte das atividades humanas emite gases de efeito estufa. O deslocamento pela cidade exige o uso de combustíveis fósseis, como petróleo, gás natural e carvão, que liberam o dióxido de carbono (CO2); a agricultura e o descarte de resíduos em aterros sanitários emitem metano (CH4); já nos aerossóis e refrigeradores, há emissão de hidrofluorcarbonos (HFCs) e os perfluorcarbonos (PFCs). Todos estes gases possuem potencial de aquecimento global – portanto, é fundamental repensar e mudar hábitos de consumo.

Fonte: Observatório do Clima