Febre Amarela exige prevenção permanente


A visita aos parques municipais continua a ser um dos principais atrativos para o lazer do paulistano. O que alguns parecem esquecer-se é que a Febre Amarela – uma doença que assustou a cidade e quase dizimou nossos primatas – ainda é um risco. Por isso, a Prefeitura convocou uma coletiva de imprensa nesta quinta (8) para declarar ação conjunta entre as pastas do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e da Saúde (SMS). Uma intensa campanha pretende conscientizar a população quanto aos riscos permanentes da Febre Amarela e de como a prevenção depende de cada munícipe.

A doença, em seu ciclo silvestre, deu os primeiros sinais com a morte de diversos macacos no entorno de parques públicos municipais. Como a Divisão de Fauna da SVMA realiza cotidianamente o monitoramento da fauna silvestre, por meio do recebimento dos animais vitimados da cidade, observou as mortes (inicialmente de bugios) e providenciou os exames sorológicos para certificar-se da causa: tratava-se da chegada da Febre Amarela, transmitida no clico silvestre pelos mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes (encontrados apenas nas copas das árvores das áreas verdes).

O passo seguinte foi decretar o fechamento dos parques considerados de alto risco e apoiar logisticamente a campanha de vacinação deflagrada pela SMS. Mesmo após a reabertura dos parques, foram mantidas as faixas para “lembrar” aos frequentadores que os parques continuavam sendo áreas de risco, com a possibilidade de “retorno” dos mosquitos infectados pela doença. Ao mesmo tempo, procurou acalmar os munícipes que queriam culpar os primatas. Afinal, além de vitimados pela doença, os primatas também são “sentinelas” porque sua morte ou adoecimento é indício da presença do vírus da Febre Amarela na área.

Nova Campanha
A nova campanha lançada pela Prefeitura repete a parceria entre SVMA e SMS e seu objetivo é lembrar aos munícipes que o problema não está resolvido. Ao contrário, reitera os riscos de infecção a humanos não vacinados contra a febre amarela, apresenta as áreas verdes como potenciais áreas de risco e conscientiza o munícipe quanto ao seu papel na erradicação da doença, por meio da vacinação (confira aqui mais informações sobre o Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses).

Além de reforçar a vacinação, a SVMA realizará uma série de palestras na Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ), localizada no Parque Ibirapuera. Os encontros trarão profissionais especializados e servirão para esclarecer o munícipe quanto à doença, à frequência responsável nos parques, à importância da vacinação e ao uso de repelentes – principalmente nos dez dias que sucedem a data da vacina.

A pasta também disponibilizará seus parques para que a SMS escolha novos pontos de vacinação contra a febre amarela, dando prioridade às regiões com baixa cobertura vacinal. Em paralelo, a SVMA manterá o monitoramento dos primatas, principalmente os saguis, comuns de alguns parques. Esse monitoramento pode incluir coleta de sangue dos animais para sorologia. Como os animais infectados são nossas “sentinelas”, será possível determinar a circulação de mosquitos infectados nas referidas regiões.

Sabe-se que a circulação de pessoas não vacinadas em áreas de risco pode significar a introdução da doença nas cidades. Vacine-se! Vale também ficar de olho: se você encontrar um animal aparentemente doente ou já morto, notifique imediatamente a Divisão de Fauna da SVMA pelo telefone 3885-6999. Todos podem, unidos, combater a doença!