PREFEITURA DE SÃO PAULO

Prefeitura de São Paulo autoriza concessão de áreas públicas para implantação de novas unidades do SESC

Terrenos serão concedidos por um período de 99 anos. Em contrapartida, o SESC deverá oferecer à população ações de cunho cultural e educacional

18/02/2020 18h09

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Licenciamento - SEL, assinou nesta segunda-feira, dia 17, a escritura de concessão de uso de três áreas públicas para a implantação de novas unidades do SESC – Serviço Social do Comércio. Todas as áreas serão concedidas durante um período de 99 anos e, em contrapartida, o SESC deverá oferecer nas novas unidades diversas atividades artísticas, informativas e educacionais.

Uma das áreas está localizada na Zona Norte e será destinada à implantação da nova unidade do SESC Pirituba. Situada na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, a área possui 22.993,10 m² e deverá oferecer à população, como contrapartida exigida pelo Município, exposições de cunho artístico e informativo, espetáculos e intervenções artísticas, incluir artistas locais em sua programação artística além de manter acesso às bibliotecas e promover jogos recreativos para as crianças.

Com área de 21.754,89 m², o SESC São Miguel será instalado na Avenida Pires do Rio, Zona Leste da cidade. Em contrapartida, a unidade deverá disponibilizar o uso das instalações da unidade a título gratuito para a concretização de ações dos órgãos públicos, além de 20% das vagas em cursos, oficinas, seminários e atividades de caráter pedagógico, cultural e esportivo aos profissionais da rede municipal de ensino.

O terceiro terreno está localizado na Rua Xavier Curado, na Zona Sul, utilizado pelo SESC Ipiranga. A área de concessão é de 3.209,13 m², e como contrapartida, a unidade deverá ceder as instalações para a realização de eventos e manter o Centro de Convivência da Terceira Idade Professora Maria do Carmo Cesar Bevilaqua e as atividades de recreação comunitária nele desenvolvidas. Também deverá oferecer oficinas de capacitação aos profissionais da educação que atuam na área esportiva ou artística.

 

Como funciona a concessão de áreas públicas?

A solicitação de uma área pública deve partir do próprio interessado. Além da concessão, outros tipos de pedidos podem ser feitos entre eles: doação de área, permissão de uso gratuito, permissão de uso oneroso e permuta de área. Todos os pedidos são analisados por CGPATRI – Coordenadoria de Gestão do Patrimônio, da Secretaria Municipal de Licenciamento, com base no Decreto nº 52.201/11 e demais legislações aplicáveis. De acordo com o regramento, o Município sempre exige contrapartidas sociais ou ações de melhorias para a cidade de acordo com o tipo de serviço que o interessado irá realizar na área a ser cedida.

Podemos destacar outros três projetos memoráveis aprovados por CGPATRI: o departamento concedeu por 40 anos o uso da área ocupada na Avenida Paulista pelo Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), uma das mais importantes instituições culturais brasileiras. Para a Fundação Dorina Nowill para Cegos, entidade dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência visual, foi permitida o uso de uma área na Vila Clementino. Já para o Hospital Santa Joana, que construiu uma passarela em área pública para interligação ao prédio do hospital, foi emitida uma permissão de uso, porém onerosa.


Como é solicitada uma área pública?

O interessado por uma área pública deve autuar pedido em CGPATRI, evidenciando o uso que se pretende dar ao local e escolhendo uma das modalidades disponíveis, isto é, aquisição, permissão de uso, concessão e permuta.

Em seguida, o processo segue para instrução e levantamento das informações da área pelo setor de engenharia da Coordenadoria. A depender do processo, são consultados demais órgãos municipais. Com todos os pareceres sejam favoráveis, o processo seguirá para a Casa Civil, onde será encaminhado como Projeto de Lei à Câmara Municipal. Aprovada pelos vereadores, a lei é enviada para a sanção do Prefeito e, com isso, retorna à CGPATRI para lavratura da escritura de doação e tratativas com o cartório.