A população do município de São Paulo está envelhecendo – é a conclusão que se extrai dos dados colhidos pelos Censos Demográficos do IBGE. Em 2000, os paulistanos de idade inferior a 15 anos correspondiam a 24,85% da população, diminuindo para 20,78%, em 2010. Já os idosos, com 60 anos ou mais, representavam 9,32% em 2000, aumentando para 11,89%, em 2010. Esse processo de transição demográfica é reflexo direto das tendências de redução das taxas de fecundidade e de mortalidade e de aumento da expectativa de vida ao nascer. O envelhecimento populacional é ocasionado, sobretudo, pela queda da fecundidade, variável importante na dinâmica da população, tendo a mortalidade um impacto menor. Cabe destacar que na cidade de São Paulo a taxa de fecundidade que em 1980 era de 3,2 filhos por mulher, caiu para 1,9 em 2007, evidenciando que as famílias estão reduzindo de tamanho. Na população idosa, o segmento de 80 anos e mais é o que registra o maior crescimento. Em 2000, esse segmento representava 11,99% do total do grupo etário de idosos e, em 2010, 15,27%, ou seja, a população idosa também está envelhecendo.
Outro aspecto que os dados ressaltam é o aumento do excedente de mulheres na população, especialmente entre os idosos. Em 2010, a população do município de São Paulo contabilizou 11.253.503 habitantes, sendo 5.924.871 mulheres (52,65%) e 5.328.632 homens (47,35%). Por razões naturais nascem mais meninos que meninas, mas o predomínio da população masculina deixa de existir nas faixas etárias mais velhas, devido às diferenças nas taxas de mortalidade entre os gêneros, por razões próprias a cada grupo etário. Causas naturais combinadas a fatores sociais e culturais, que diferenciam o modo e a condição de vida de homens e mulheres explicam a predominância feminina na população total, caracterizando um fenômeno que ocorre tanto no Brasil como em outros países. O excedente de mulheres está, inclusive, aumentando rapidamente entre os idosos – quer saber mais?