08 - Diminui número de crianças e adolescentes: desigualdades permanecem elevadas

Número de crianças e adolescentes caiu em quase 350 mil entre 2000 e 2010.

O número de crianças e adolescentes no município de São Paulo vem declinando desde o início dos anos 90, no contexto da rápida transição demográfica que o país atravessa. Se nos anos 80, o crescimento da população na faixa etária de 0 a 17 anos na cidade já ocorreu em ritmo expressivamente inferior (0,41% ao ano, em média) ao verificado para o conjunto da população (1,16% ao ano), os anos 90 marcaram o início do processo de efetiva diminuição do número de crianças e adolescentes (queda de 0,24% ao ano), enquanto a população, em seu conjunto, continuou evoluindo positivamente (0,92% ao ano). Dessa forma, a participação das crianças e adolescentes na população paulistana declinou de 36,9% para 30,5% entre 1980 e 2000. Na primeira década do século XXI esse processo se acentuou, pois enquanto a população do município manteve taxas positivas de crescimento (média anual de 0,77% ? ainda que em ritmo menor que nas décadas anteriores), o número de crianças e adolescentes declinou mais intensamente (queda de 1,11% ao ano), de forma que apenas nessa década a parcela da população com até 17 anos diminuiu em quase 350 mil pessoas. Assim, em 2010 o número de crianças e adolescentes no município correspondia a 25,3% da população total, enquanto o número médio de moradores por domicílio, que em 2000 era de 3,78, reduziu-se em 2010 para 3,15.

As diferenças intraurbanas, no entanto, são expressivas: se em um conjunto de distritos que abrigam os estratos de renda mais elevados da população a proporção de crianças e adolescentes não ultrapassa os 15%, nos distritos mais periféricos, em que predominam os estratos de baixa renda, as crianças e adolescentes correspondem sempre a mais de 30% da população total.
 

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