17 - Área de garagens chega a 50% da área privativa nos novos lançamentos imobiliários

Entre os anos de 2002 e 2012, o total de área destinada à garagem nos empreendimentos residenciais verticais lançados soma 12,8 milhões de metros quadrados.

As cidades historicamente tiveram que se ajustar espacialmente para comportar os automóveis. Esse processo ganha força no decorrer do tempo, a ponto das necessidades de acomodação e fluidez dos automóveis passarem a influenciar a sua produção. Em São Paulo estão cadastrados mais de sete milhões de veículos, dos quais 5,6 milhões são automóveis. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo), cerca de 3,5 milhões circulam diariamente, com uma ocupação estimada de 1,2 pessoas por veículo. Isto significa que 4,2 milhões de pessoas se locomovem de carro diariamente. As consequências desse modelo são bem conhecidas, sobretudo aquelas relacionadas ao trânsito e a poluição. O economista Alexandre Gomide (2006) afirma que o uso ampliado do automóvel favorece a dispersão das atividades na cidade. Dessa forma, as distâncias a serem percorridas aumentam e a mobilidade urbana é dificultada para aqueles que fazem uso do transporte coletivo.

Porém existe um aspecto importante, que é o espaço físico destinado ao automóvel quando o mesmo não é utilizado. Pensa-se muito no espaço de trânsito do automóvel nas vias e sua fluidez, contudo não se tem a mesma preocupação quando tal veículo está estacionado. Enormes áreas necessitam ser destinadas para estacionamentos nos centros comerciais, shoppings, supermercados, ruas e casas.

O presente trabalho procura dimensionar a produção de vagas de garagem nos empreendimentos imobiliários residenciais e estimar o espaço destinado aos automóveis.

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