Prevenção é ainda o melhor caminho para as hepatites virais

Meta da cidade é reduzir infecções até 2030 Meta da cidade é reduzir infecções até 2030

Uma infecção que atinge o fígado, as hepatites virais são um grave problema de saúde pública. As hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, e na maioria das vezes são infecções silenciosas, não apresentando sintomas. Causando alterações leves, moderadas ou graves, a infecção pode se manifestar como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Estima-se que só na cidade de São Paulo existam quase 82 mil pessoas com hepatite C, mas de 2000 até 2020, apenas 30.729 (37,3 %) casos da doença foram descobertos, confirmados e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Em 2020, 230 casos da doença foram notificados.

A cidade de São Paulo está dentro do Plano de Eliminação das Hepatites Virais até 2030, que tem como objetivo reduzir em 90% as novas infecções por hepatites B e C e em 65% os números de mortalidades.

Para atingir a meta, São Paulo promove a vacinação da hepatite B para todas as idades e oferece testes rápidos e gratuitos para hepatites B e C. Com a ajuda do Busca Saúde, uma solução Prodam, a população encontra os locais de vacinação contra a hepatite B mais próximo de sua residência.

“A vacina para a hepatite B (que deve ser tomada em três doses) é extremamente eficaz e evita que a pessoa adoeça ao ter contato com o vírus”, explica Célia Regina Cicolo da Silva, coordenadora do programa de hepatites virais da Secretaria Municipal de Saúde. Para a hepatite C, infelizmente ainda não tem vacina para prevenção, mas o tratamento é altamente eficaz em mais de 95% dos casos.

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. De acordo com o Ministério da Saúde, o impacto dessas infecções acarreta em aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites.

Fique atento

As hepatites B e C são transmitidas pelo contato com o sangue contaminado, presente em objetos compartilhados como: agulhas, alicates de cutícula, aparelhos de barbear. Materiais não descartáveis ou não esterilizados, usados na colocação de “piercings”, tatuagens ou em procedimentos cirúrgicos e odontológicos, também podem transmitir as hepatites B e C. E ainda, no momento do parto, uma mãe que tem o vírus, pode transmitir a doença para o filho. Lembre-se também que a hepatite B é uma doença sexualmente transmissível (DST). Então, previna-se sempre.