Tecnologia verde


Neste primeiro semestre, a PRODAM, a pedido da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, desenvolveu um projeto com o objetivo de facilitar a identificação e realizar o monitoramento de 500 mil árvores selecionadas na Cidade de São Paulo. O plano consiste na implantação de um chip eletrônico em cada uma delas.

A idéia originou-se a partir da preocupação de se detectar as doenças e possíveis riscos de quedas de galhos e troncos. Com isso, a Prefeitura contratou serviços do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), o qual está analisando as árvores de maior risco para a população de São Paulo.

A PRODAM está participando de todo o processo de cadastramento das plantas. O chip a ser utilizado nos troncos das árvores é o RFID (Sistema de Identificação por Radiofreqüência), que consiste em uma pequena peça semelhante à mesma contida nos crachás funcionais da empresa, o qual possui um número único.

Após a definição das árvores que receberão o chip, o técnico fará um furo num local comum a todas elas e, em seguida, fixará o sistema. Essa mesma tecnologia pode ser utilizada para identificar animais e pessoas, basta aproximar-se do objeto com um coletor de dados.

Ainda em fase piloto, o primeiro teste desse projeto foi realizado em uma das árvores do Parque do Ibirapuera. Segundo os responsáveis pela iniciativa, o resultado foi positivo. O sistema funcionou 100%. Conseguiu-se mapear exatamente a situação daquela planta.  Para a realização dos testes, a empresa que fornece tecnologia de controle de acessos às áreas de trabalho da PRODAM, disponibilizou o chip.

Antes de decidir-se pelo uso do RFID, outras formas de cadastramento foram sugeridas para o projeto. Entre elas estava o Smart Card, o mesmo usado em cartões de crédito. Ele possibilitaria informações como local e data de plantação. No entanto, durante os trabalhos, verificou-se que essa idéia não se adaptaria à iniciativa.

O prazo para a finalização e a empresa fornecedora dos RFIDs não estão definidos. Cada chip custa R$ 1,00.

Todo o suporte, desenvolvimento e licitação para contratar um fornecedor dos chips serão de responsabilidade da PRODAM. Já colocação do sistema e monitoramento ficará a cargo das subprefeituras.

A França já utiliza esse sistema em 90 mil árvores de ruas e bulevares. Lá, cada chip envia a um sensor remoto informações como localização, idade, necessidade de adubação e de ser regadas.