GeoSampa é indicado como finalista nos prêmios CONIP e MundoGeo

Plataforma concorre aos dois prêmios que acontecem em maio e junho

geosampa


Um dos sistemas desenvolvidos pela Prodam em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), o Portal GeoSampa, é finalista em dois prêmios concedidos à iniciativas de gestão pública e de informações georreferenciadas no âmbito das administrações municipais. A ferramenta desenvolvida pelo Núcleo de Geoprocessamento (GRG) está concorrendo na categoria Gestão Municipal do MundoGeo, que acontece de 10 a 12 de maio, e ao Prêmio Conip, nos dias 6 e 7 de junho.

As indicações chegam em um momento de afirmação da plataforma, que contabilizou no mês de março mais de 20 milhões de requisições diárias e desde o dia 14 de abril passou a dar acesso à população do município de São Paulo à consultas e download dos dados do cadastro imobiliário fiscal relativos ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), informam a coordenadora do Núcleo, Andrea Croso Weick, e a coordenadora do Projeto GeoSampa, Carolina Bracco Aguilar.

Além disso a Prefeitura de São Paulo disponibilizou na semana passada mais uma opção de pesquisa no GeoSampa. Os cidadãos poderão acessar a partir de agora um mapeamento feito com imagens aéreas registradas entre 1928 e 1933 pela empresa italiana Societá Anonima de Rilevamenti Aerofotogrammetrici (SARA). Na época o projeto fez com que São Paulo fosse a primeira cidade no mundo a produzir cartas detalhadas em escala cartográfica com dimensão 1:1.000. Este novo recurso permite sobrepor ao mapeamento histórico informações atuais como, por exemplo, linhas de ônibus, equipamentos urbanos e drenagem.

“Ficamos muito felizes com as indicações. Só o fato de termos sido selecionados num prêmio como o do Conip, que integra mais de 160 projetos do Brasil inteiro em várias áreas, além do MundoGeo, que é mais específico, demonstra a importância dessa iniciativa e seu sucesso no uso tanto pela administração municipal e seus órgãos, quanto pelos cidadãos do município”, diz Andrea. Carolina destaca que “as indicações nos deram muita satisfação e, claro, sabemos que a plataforma pode evoluir ainda mais, mas é um sentimento de dever cumprido. E é muito bom ver a equipe toda feliz”.

GeoSampa

O GeoSampa possui dados detalhados e georreferenciadas sobre toda a cidade, com a possibilidade de qualquer cidadão sobrepor informações de mais de 150 bancos de dados diferentes em um mesmo mapa, em camadas, num ambiente web.

Por meio do portal, lançado em dezembro do ano passado, é possível, por exemplo, acessar informações sobre 12 mil equipamentos urbanos, incluindo 1.500 escolas, quase 400 unidades básicas de saúde, mais de 880 feiras livres e 1.600 equipamentos de cultura. Também é possível consultar o novo zoneamento, os mapas do Plano Diretor Estratégico (PDE), a rede de transporte público, os mapas geotécnicos e dados sobre a população, como densidade demográfica e vulnerabilidade social.

O GeoSampa possibilita também que os cidadãos tenham acesso a dados do IPTU como o nome do contribuinte ou responsável pelo imposto do imóvel, além de informações sobre a área construída, área do terreno, endereço do imóvel e o número do Setor Quadra Lote (SQL). Com acesso simplificado e rápido, qualquer contribuinte pode identificar se há incorreções no cadastro de seu imóvel e solicitar a atualização. A medida pode ajudar a evitar a persistência de informações desatualizadas no cadastro, como casos de áreas construídas de imóveis serem menores ou maiores, e ainda ausências de informações quanto a edificação, fatores que podem distorcer o cadastro e a arrecadação.

A plataforma reúne ainda mapas históricos, cartas antigas, como o mapeamento feito nos anos 1930 (o Sara Brasil) e fotos aéreas de décadas passadas, como a realizada em 1954. O cidadão também pode acessar dados de diversas secretarias, conectados com a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O GeoSampa possibilita que pesquisadores, estudantes, organizações da sociedade civil e o público interessado possam obter subsídios para desenvolver estudos, pesquisas, plataformas web, aplicativos e softwares, que poderão contribuir para uma maior participação da sociedade junto ao governo municipal.