Sistema SMDU/Prodam unifica mapas do Município e atende pedido histórico das Secretarias

Site GeoSampa integra várias bases de dados e sincroniza informações 

Após um ano de intenso trabalho no desenvolvimento de uma solução corporativa de geoprocessamento para a prefeitura de São Paulo, o Núcleo de Geoprocessamento da Prodam finaliza a primeira fase do projeto SIG-SP (Sistema de Informação Geográfica do município de São Paulo), com objetivo de subsidiar a administração municipal no planejamento urbano. 

Como primeiro resultado, a equipe apresenta o GeoSampa, aplicação web composta pelo GeoSampa-Site, interface web onde o usuário da prefeitura tem acesso às informações referentes ao geoprocessamento, além de fóruns, novidades, notícias, ferramentas e links; o GeoSampa-Mapas, aplicação web map com ferramentas de navegação, pesquisa e download de informações geográficas do município; e, o GeoSampa-Metadados, que disponibiliza informações técnicas sobre os dados disponíveis na aplicação de acesso ao mapa. O GeoSampa permite ao usuário consultar as informações de várias fontes num único mapa e isso contribui para facilitar o planejamento e tomada de decisões para os órgãos públicos. 

O trabalho iniciado em dezembro de 2013 “traz resultados concretos e importantes dentro da proposta inicial do projeto e está sendo estruturado de forma a garantir que as informações geoespaciais possam ser disponibilizadas por meio de uma interface que permita a consulta pelos usuários da prefeitura”, explica Andrea Croso Weick, coordenadora do núcleo de Geoprocessamento, da Gerência de Relacionamento de Gestão Territorial e Urbana (GRG).

A migração das aplicações para plataforma open source (código aberto) foi uma das principais premissas para o projeto e o primeiro desafio. Aplicações que estavam obsoletas foram substituídas pelo que há de mais atual em geoprocessamento, no decorrer deste primeiro ano de projeto. “Importante destacar que a plataforma da solução é totalmente open source, desde o banco de dados (Postgre / PostGIS) até o publicador de mapas (GeoServer / Open Layers). Para a criação do Catálogo de Metadados foi utilizada a ferramenta livre Geonetwork”, indica Carolina Bracco Aguilar, gerente do projeto. 

O processo trouxe a reestruturação das informações do Mapa Digital da Cidade (MDC), que trazia um retrato da cidade de 2004, quando foi realizado o mapeamento digital do município. As informações do MDC foram migradas para banco de dados livres e estruturadas de forma a viabilizar a integração como outros sistemas legados. Além disso, informações geográficas de cada secretaria foram agregadas ao mapa, como o zoneamento da cidade e localização dos equipamentos urbanos (escolas, postos de saúde, assistência social). A princípio foram 120 camadas de informações unificadas para montar toda a base geográfica, devendo chegar a 160 nos próximos meses. 

Conforme esclarece Carolina, “o GeoSampa é o resultado final de outros produtos do SIG-SP, como a criação de uma Base Geoespacial (B-GEO) e da Nova Base de Logradouros (NBL)”. O município de São Paulo passará a ter uma base de logradouros onde é possível realizar serviços de geocodificação, ou seja, determinar a posição geográfica de cada endereço e sua representação gráfica no mapa da cidade. Para isso foi necessário compatibilizar as principais bases de endereçamento utilizadas na PMSP, como a dos Correios, CADLOG, Sabesp, MDSF e SPTrans. Isso atende à demanda histórica das secretarias e demais órgãos públicos de poderem trabalhar sobre um mapa único da cidade. 

Para a manutenção dessa base de dados, com atualização e sincronização das informações, que por ora, estão sendo inseridas por meio de arquivos encaminhados pelas secretarias, será utilizada a ferramenta ETL (Extract Transform Load, ou Extração Transformação Carga) que automatizará todo o processo em breve. Com isso os dados serão atualizados em tempo real ou de acordo com o que for programado. 

A conquista de novos usuários corporativos de geoprocessamento é outro destaque para o projeto. Na fase inicial foi realizada uma pesquisa que envolveu todos os funcionários da prefeitura para identificar o perfil dos usuários de geoprocessamento. 

Quebra de paradigmas 

O resultado desta primeira etapa reflete uma parceria com a SMDU/DeInfo (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano), responsável por coordenar o Grupo Técnico Intersecretarial (GTI) em todas as fases do projeto SIG-SP. “Levamos a ferro e fogo a diretriz colocada pelo PES (Planejamento Estratégico Situacional) de que a Prodam é parceira estratégica da Prefeitura na construção de soluções importantes para o Município. Nesse sentido, o projeto é um bom exemplo disso. A equipe de SMDU está conosco no dia a dia do projeto. Enquanto desenvolvemos aqui, eles obtêm as informações junto às várias secretarias, organizando e homologando os resultados parciais do trabalho”, enfatiza Andrea. 

Outro ponto importante deste projeto é de que toda a mudança de tecnologia e desenvolvimento está sendo feito exclusivamente pela Prodam sem o envolvimento de empresas terceiras. “Além da confiança na empresa, mostra que a Prodam está preparada para novos desafios. Podemos fazer, somos capazes. Do gerenciamento até o desenvolvimento do código”, comemora Carolina. 

Próximos passos. O projeto está previsto para ser concluído em julho de 2016. Para o próximo ano, o foco da equipe será trabalhar nas funcionalidades que vão permitir aos usuários internos manter a base atualizada, além de disponibilizar as informações públicas para o cidadão. “No primeiro ano, a preocupação foi a de facilitar o trabalho do dia a dia dos colaboradores da PMSP. Uma vez isso alicerçado, o foco é o apoio à gestão e à participação do munícipe”, aponta a gerente do projeto.