Questão de Responsabilidade Social


Os depoimentos de representantes de diversas associações que atuam em projetos de inclusão de pessoas com deficiências foram fundamentais para o esclarecimento do assunto de maneira ampla e ao mesmo tempo de conscientização. Entre elas Rosângela Barqueiro (Laramara), Isabel de Francischi (Carpe Diem), Maria Cristina Redondo (Dedirc), Flávio Gonzalez (Avape), Leandra Miggoto (Projeto Caleidoscópio), Marta Gil (Rede SACI) e Maria de Fátima Silva e Sumiko Oki Shimono (GELRE).

Conforme a chefe gabinete Elisabete Barone, a concretização do CD-ROM foi colocada na pasta de prioridades da nova gestão.

"Nós entendemos que o deficiente é produtivo e competente. Depois de assistir ao CD espero que as pessoas possam se reeducar e compreender que é absolutamente viável dar condições para que ele tenha o mesmo espaço no mercado que qualquer um de nós. Acho a causa mais do que nobre", ressalta Elisabete.

Dora Simões elogiou a iniciativa. Disse que o disco é uma ferramenta importante para mudar a mentalidade dos empresários brasileiros, que ainda tratam o assunto com preconceito devido à falta de informação. "Com esse trabalho, eles poderão ver de uma forma diferente a questão da empregabilidade para a pessoa com deficiência. Poderão enxergar suas qualidades", diz.

O Conselho organizará em breve um evento com empresários da cidade de São Paulo para a distribuição do audiovisual.

Essa ação demonstra o alinhamento com a política de acessibilidade adotada pela Prefeitura, que no início do ano criou a Secretaria Especial das Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (SEPED).

O empresário no setor moveleiro Ariovaldo Simões, da Tecno Seating, diz ter achado a idéia ótima para a conscientização da classe empresarial, por isso aceitou o convite para ser um dos entrevistados no audiovisual. Ele começou a empregar pessoas com deficiência há 12 anos por entender as dificuldades desses profissionais no mercado de trabalho.

"A grande maioria dos empresários, movidos pelo preconceito e desinformação, evitam contratar. Eles precisam abrir o foco para enxergar as qualidades dessas pessoas e o CD é um instrumento eficiente para isso", diz.

Hoje, 30% dos 40 funcionários de sua empresa têm algum tipo de deficiência. De acordo com Simões, o trabalho deles não só se equipara ao dos outros profissionais como melhorou a qualidade de toda a equipe. "Quando recebo a visita de algum amigo empresário faço questão que eles conheçam essa inclusão que realizo aqui. Não para me exibir, mas para fazê-los enxergar a qualidade deles", conta com orgulho.
 

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