Parceria entre Prefeitura e Fundo Socioambiental CAIXA investe R$ 4 milhões em programa de inovação na saúde pública.

O Residência Maker irá apoiar projetos relacionados à obesidade infantil e na adolescência, entre outros problemas complexos das grandes metrópoles. Mais informações sobre o edital e o período de inscrições ¬– 7 de janeiro a 1º de fevereiro – estão disponíveis em residenciamaker.prefeitura.sp.gov.br

 

Fruto da parceria entre a Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias de Inovação e Tecnologia e da Saúde, e a Caixa Econômica Federal, por meio do Fundo Socioambiental, o Residência Maker fomenta projetos que abordem de forma criativa e eficaz problemas complexos de saúde pública nas grandes metrópoles.

O programa irá apoiar organizações no desenvolvimento de iniciativas relacionadas à obesidade infantil e na adolescência, além de diabetes do tipo II, entre outros males, prevendo o investimento de até R$ 4 milhões na incubação de projetos em estágio inicial de desenvolvimento: aqueles que estejam passando pelas etapas de prova de conceito, elaboração de protótipos de baixa fidelidade, de validação e escala de nova tecnologia.

“A inovação e a tecnologia são poderosas e indispensáveis aliadas para atingirmos os principais públicos desses males, promovendo a conscientização e a prevenção entre a população”, explica Edson Aparecido, secretário municipal da saúde.

“Queremos apoiar iniciativas que possam fomentar o ecossistema da inovação, que desenvolvam ideias e soluções com potencial para ampliar a qualidade de vida nos grandes centros”, complementa Daniel Annenberg, secretário municipal de Inovação e Tecnologia.

De acordo com o Gerente Nacional de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa Econômica Federal, Rauelison da Silva Muniz dos Santos, “muitos desafios se impõem aos governos, principalmente à saúde pública, e com essa iniciativa teremos a possibilidade de identificar ideias inovadoras para a solução desses problemas”, destaca.

O edital do Residência Maker é direcionado às organizações sem fins lucrativos e a pessoas jurídicas de direito privado – ambas com comprovada regularidade de suas obrigações legais e fiscais, experiência no desenvolvimento e suporte de projetos inovadores e na atuação no ecossistema de inovação. As inscrições acontecem entre 7 de janeiro e 1º de fevereiro de 2019 e devem ser enviadas via correio ou protocoladas na Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), localizada na Rua Libero Badaró, 425, 27º andar – Centro. Mais informações podem ser encontradas no portal residenciamaker.prefeitura.sp.gov.br.

 

Seleção

Será selecionada a organização que apresentar capacidade técnica e metodológica – em conformidade com os requisitos do edital - para incubar cerca de 40 projetos inovadores desenvolvidos por pessoas físicas. A entidade poderá contar com parceiras para realizar a proposta.

A organização vencedora receberá o investimento para executar a metodologia, sendo responsável por formular desafios referentes ao tema de problemas complexos de saúde, atrair, selecionar, incubar e acompanhar o desenvolvimento de projetos inovadores.

Os projetos inovadores selecionados pela organização, em conjunto com a Prefeitura de São Paulo e a Caixa Econômica Federal, passarão por um programa de residência com duração prevista de quatro meses e terão acesso a recursos para validação e desenvolvimento das iniciativas.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo disponibilizará apoio técnico e acesso às informações da base de dados sobre os dois temas, além da mentoria de especialistas aos empreendedores.

Impacto
A obesidade é uma patologia multifatorial crônica que decorre da sobreposição de fatores genéticos e ambientais. A obesidade exógena, aquela causada por excesso de alimentos, corresponde de 95 a 98% dos casos - apenas um percentual muito baixo (2 a 5%) tem causas relacionadas a síndromes genéticas, tumores ou distúrbios endócrinos.
No Brasil, a obesidade vem crescendo e levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso. Entre crianças os indicadores já são de 15%.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a prevalência de diabetes tipo II nos países da América Central e do Sul foi estimada em 26,4 milhões de pessoas e projetada para 40 milhões em 2030. Estima-se que o Brasil passe da 8ª posição, com 4,6% da sua população com a doença, em 2000, para a 6ª posição, 11,3%, em 2030.
No município de São Paulo, dados do Inquérito de Morbidade Referida ISA Capital 2015 estimam em 7,4% a quantidade de diabetes autorreferida na população residente de 18 anos e mais, com tendência temporal de aumento na comparação com a estimativa de 2003 (4,7%).

Participação

O edital de seleção para o programa pode ser encontrado em residenciamaker.prefeitura.sp.gov.br. Os resultados da seleção serão anunciados em abril de 2019, com início da parceria previsto para maio do mesmo ano.