No Calçadão Cultural do Grajaú, dia 28 a partir das 16h, a Revista Vaidapé apresentará a final da Batalha de MC’s. Na final se confrontarão Sonny MC e Thiago Durap – o evento contará com shows, batalha de break e uma premiação para a melhor manobra de skate.

     O grito do pé preto foi criado exclusivamente para concorrer ao Redes e Ruas, visando expandir as formas de atuação da Vaidapé. Sendo uma revista impressa gratuita, que sempre lança suas edições (até agora são quatro) em locais públicos, com shows, outras atrações e debates políticos-sociais, os organizadores sentiam a necessidade de alcançar novos lugares e mais pessoas.

     

     Com a estrutura proporcionada pela prefeitura, foi possível sair do Butatã e ir até ao Grajaú, onde hoje acontecem as oficinas. Elas têm o objetivo de debater lutas sociais, fotojornalismo e jornalismo independente – além do incentivo no âmbito cultural.

     "A gente queria divulgar os artistas da região”, fala João Miranda Fagnani, um dos organizadores do projeto, sobre como começaram as Batalhas de MC’s. O grito do pé preto, segundo ele, é uma construção coletiva – não é sobre impor nada.

     “Muita gente cola na quebrada para tentar convencer que o que eles estão falando é certo. A gente não está lá para falar o que é certo e errado, eles sabem o que é certo e errado para eles. A gente quer ouvir o que estão dizendo”, acrescenta.

     Criolo diz que “querendo ou não, rap é uma realidade de luta”. Segundo a Vaidapé, o rap se tornou melhor maneira de ouvir a verdade do outro. O grito fortalece a revista nesse sentido, no âmbito de amadurecimento de seu jornalismo: “o objetivo é fortalecer o que está acontecendo, não só porque a gente que ta fazendo”, Fagnani comenta.