O programa que é gerido pela Coordenadoria de Inclusão Digital da cidade de São Paulo, sofreu um grande incremento nos últimos três anos, quando quase triplicou o número de unidades. Até 2005 eram 121 unidades instaladas.
 

O crescimento significativo leva em conta a parceria com organizações sociais, que hoje são responsáveis por cerca de 200 telecentros.
 

Pela parceria, a secretaria faz uma pequena reforma para adaptar a sala com banheiro e rampa que garanta o acesso de cadeirantes, paga R$ 1.600,00 para cada instituição cobrir despesas de limpeza e telefone, além de manter os instrutores que promovem os cursos e administram as unidades.
 

Telecentros
 

O Programa dos Telecentros integra a política de inclusão digital da Prefeitura e tem se revelado um mecanismo eficiente na capacitação profissional, na revitalização dos espaços públicos, na democratização do uso de computadores e acesso à internet.
 

Cada Telecentro é equipado com 20 computadores, sendo que em 75% destes o uso é para aprendizagem e o restante para uso livre da população. São oferecidos 7 cursos, com aulas diárias e duração de duas semanas e há mais de 60 oficinas pré-formatadas que são oferecidas ao público de acordo com o perfil do usuário.
 

Ao todo, o programa lança 20 mil novas vagas de capacitação ao mês. No ano passado, 163 mil e 54 pessoas concluíram os cursos e oficinas oferecidos. Os mais procurados foram:Introdução à Informática; Digitação;Editor de Planilha;Desenvolvimento de Sites; Apresentação e Marketing Pessoal; Mercado de Trabalho; Desenvolvimento de Web;Introdução à Arte Digital; Criação e Edição de Imagens; BLOG – Criação e Manutenção; Alfabetização Digital para Crianças e para a Terceira Idade.
 

São 1,7 milhões de usuários cadastrados no sistema, o que faz do modelo paulistano referência mundial em inclusão digital.
 

Para o secretário de Participação e Parceria, o programa é do tamanho de São Paulo e tem, cada vez mais, a sua cara. “A presença e a aceitação dos Telecentros na cidade é algo que impressiona. Quando vamos entregar os equipamentos, sentimos o carinho da população e podemos ver como o Telecentro é algo esperado pelas comunidades”, afirma o secretário.

Usuários
 

Ydio Rosa da Silva, aposentado de 74 anos, teve o primeiro contato com computador há um ano, no Telecentro Biblioteca Prestes Maia. Desde então não parou mais. “Já fiz três cursos e estou no quarto agora. Antes eu não tinha nem computador, agora já ganhei um e estou conseguindo usá-lo”.
 

Sobre os Telecentros, o morador de Capão Redondo é só elogios. “Eu frequento o da Biblioteca Prestes Maia, mas conheço outras pessoas que usam outros Telecentros. O pessoal é muito atencioso, os professores pacientes. Eu não sabia nada de computador e hoje já navego na internet, mando e-mails e ainda jogo”.
 

A moradora de Socorro, Sueli Aparecida da Silva, aposentada de 65 anos, também teve o primeiro contato com computador no Telecentro. Há cerca de um mês ela faz o curso básico no Telecentro Joerg Bruder, em fase de pré-operação. “Nunca tive a oportunidade de aprender a usar computador. Agora, com esse Telecentro eu estou aproveitando, para não ficar para trás”.
 

A aposentada não quer se acomodar. “Pretendo aproveitar bastante. Quero fazer todos os cursos que conseguir. Eu já queria ter aprendido antes, mas só agora tive a oportunidade. Estou satisfeita.

Serviço:
Inauguração do Telecentro ANIMA
Quando: 20 de março, às 10h30.
Onde: Rua Isabel de Oliveira, 900 – Parque das Cerejeiras