Ganho econômico da PMSP com concessão da Zona Azul é de R$ 2,015 bi

Proposta financeira vencedora apresentou ágio de 317%.

 A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias do Governo e de Mobilidade e Transportes, concluiu hoje, 10/12, a fase de preços da licitação da concessão onerosa para exploração do serviço de estacionamento rotativo em vias e logradouros públicos do município de São Paulo, mais conhecido como Zona Azul, que teve dois participantes. O ganho econômico da Prefeitura será da ordem de R$ 2,015 bilhões para a cidade entre pagamento de outorga fixa e variável, desoneração do orçamento municipal, investimentos e recolhimento de impostos.
A empresa HoraPark Sistema de Estacionamento Rotativo apresentou a proposta vencedora: R$ 1,346 bilhão, sendo R$ 636,0 milhões em parcelas mensais até dezembro de 2020. O ágio foi de 317%. O restante, R$ 710,0 milhões, será pago também em parcelas mensais de R$ 4,172 milhões, corrigidas pelo IPCA, de 2021 até 2035. Haverá ainda pagamento de outorga variável proporcional à receita bruta da concessionária: 6,5% sobre o montante de receita até R$ 150 milhões e 15% sobre o montante que ultrapassar os R$ 150 milhões.
A segunda colocada foi a empresa Explora Parking, que apresentou proposta financeira de R$1,045 bilhão, também em parcelas mensais, com ágio de 150%. Na sequência serão avaliados os documentos de habilitação apresentados. O resultado desta etapa de preços será publicado amanhã, no Diário Oficial do Município. Também será aberto prazo para recursos.

Benefícios Econômicos 

Outorga Fixa Total Outorga Variável

Desoneração do orçamento ao
longo do contrato

Investimentos previstos ISS
R$ 1.346.000.000,00 R$ 220.000.000,00 R$ 272.020.000 R$ 43.322.000 R$ 134.201.000
TOTAL (R$) 2.015.543.000

A concessão da Zona Azul pelo período de 15 anos tem por objetivo melhorar a qualidade dos serviços. Dentre outras obrigações, a futura concessionária deverá modernizar o sistema com o emprego de tecnologias de identificação automatizada de irregularidade no uso das vagas; os serviços de aquisição de cartão zona azul digital e de informação ao usuário (aplicativos) sobre vagas disponíveis para estacionamento em tempo real na cidade; e, ainda diversificar os meios de pagamento para o usuário (por exemplo, a aceitação de cartão de crédito).

A licitação prevê ainda a estruturação de centro de controle operacional para o sistema, além de instalação, manutenção e conservação da sinalização das vagas. A fiscalização de eventual irregularidade continua a cargo da Prefeitura. E, as multas continuam sendo aplicadas pelos fiscais da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O número de vagas de Zona Azul na cidade deverá chegar a 60 mil.