Aconteceu na tarde desta quinta-feira (11), mais uma edição do COPICOLA, evento promovido pela Secretaria de Inovação e Tecnologia - SMIT para compartilhamento de experiências e boas práticas na Prefeitura de São Paulo. “Se já temos estudos, planejamento e conhecimento de determinado assunto, porque uma cidade vizinha teria que cometer os mesmos erros na hora de iniciar o mesmo projeto”, analisou Marianna Sampaio, secretária adjunta da SMIT, sobre a importância do compartilhamento de informações de experiências já adquiridas dentro do serviço público.
Nesta edição, a Secretaria de Gestão foi convidada a falar sobre a implementação do transporte por aplicativos de servidores a serviço da gestão municipal. Waldir Agnello, chefe de gabinete da Secretaria de Gestão - SG; e Yuri Câmara, APPGG lotado na lotado na Coordenadoria de Gestão de Bens e Serviços – COBES da SG, falaram um pouco sobre os benefícios e desafios desta inovação, que trouxe uma economia de R$ 93 milhões em 2018, além de mais controle e transparência.
“A proposta (do transporte de servidores por aplicativo) passou por diversas secretarias, antes de chegar à Gestão. Isso mostra que quando há uma boa ideia e pessoas engajadas ela prevalece. Boas ideias precisam prevalecer”, reforçou Waldir Agnello, ao fazer um breve panorama sobre o novo modelo. Segundo ele, o aprimoramento do projeto é constante e a Secretaria de Gestão tem ouvido os usuários, entendendo as demandas e aprendendo com os erros, que são revertidos no aperfeiçoamento do projeto. “Há a previsão do lançamento do novo Termo de Referência no mercado, já levando em consideração todo o aprendizado dos últimos anos de utilização do transporte por aplicativo”, avisou Agnello, sobre a nova Ata de Registro de Preço, que deve sair até o fim do ano.
Ao iniciar sua apresentação, o APPGG Yuri Câmara, servidor responsável pelo projeto, explicou que a utilização do transporte por aplicativo por servidores municipais é similar ao uso comum. O usuário deve abrir o aplicativo, adiciona os dados de origem e destino e esperar pelo veículo no local indicado. As principais diferenças estão na necessidade de autorização prévia da chefia para utilização, que o e-mail com o valor da corrida também é enviado ao supervisor e os dados da corrida permanecem em uma base de dados.
Ele explica que uma série de estudos e cálculos foi realizada antes de efetuar a mudança de carros alugados para o aplicativo. O primeiro item era o potencial de economia, confirmado em 2018, quando a Prefeitura deixou de gastar mais de R$ 93 milhões com transporte de servidores. “O valor mensal de apenas um veículo locado poderia chegar a 5 ou 6 mil reais. Isso porque o custo inclui motorista, seguro, manutenção e outros itens que não são contabilizados no transporte por aplicativo”, explicou. Além disso, ele reforçou que não havia controle de utilização do carro alugado, já que o acompanhamento era feito em planilhas em papel, impossível de serem auditadas por sistemas automatizados.
O transporte por aplicativo também traz outras vantagens para a Prefeitura: o serviço está disponível conforme a demanda; e o teto de tarifa único para a Prefeitura. “Já aconteceu de algum dia você precisar de um veículo e o aplicativo avisar sobre a tarifa dinâmica? O valor desta corrida pode até ser três vezes maior do que o preço regular. Na Prefeitura isso não acontece, já que o valor mais alto que poderá ser cobrado da administração municipal é de R$ 2,52 por km”, explicou o APPGG. Ele disse ainda que se for ao contrário, se a tarifa estiver inferior a este valor, o menor preço sempre está garantido à PMSP – por definição em contrato.
Mais eficiência
Entre os estudos realizados para controle e fiscalização do transporte por aplicativo, estão os relacionados ao atendimento e serviços prestados pelos servidores municipais. Em um gráfico apresentado durante o encontro, Yuri Câmara mostrou o comparativo do número de visitas para vistoria de alimentação escolar com a utilização de carros locados e com transporte por aplicativo. O gráfico mostra que em praticamente em todos os meses, o número de visitas após o novo modelo foi superior ao antigo. “Isso acontece porque antes o número de carros era limitado. Então, mesmo que tivessem mais servidores capacitados para realizar determinado trabalho, ele estava condicionado ao número de veículos disponíveis, o que não acontece com o aplicativo, que atende conforme a demanda”, explicou.
O servidor também esclarece que ainda existem carros locados na Prefeitura. Há serviços ou regiões que o aplicativo ainda não tem capacidade para atender. O objetivo é economia e mais eficiência, prevendo a qualidade do atendimento e segurança do servidor municipal.