O judô é a única arte marcial que faz parte do programa paralímpico. Foi introduzida em 1988, em Seul, onde apenas os homens lutaram. Já nos Jogos de Atenas, em 2004, foi a primeira vez em que as mulheres disputaram essa modalidade.

Desde 1988, o Centro Esportivo Salim Farah Maluf, localizado no tradicional bairro da Mooca, conta com aulas de judô para deficientes visuais. Há alguns anos, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer - SEME mantém uma parceria com a Confederação Brasileira de Deficientes Visuais, em que os atletas da seleção paralímpica de judô que residem em São Paulo e na Região Metropolitana treinam no espaço do Centro Esportivo.

Para Lúcia Araújo, medalhista em dois Parapanamericanos que treina no Centro Esportivo desde 2006, quando entrou no paradesporto. Para ela, a estrutura que o Centro Esportivo oferece para os deficientes visuais é muito importante, pois ela mudou de bairro para estar mais próxima ao local de treinamento.

Jaime Bragança, treinador da Seleção Brasileira de Judô, iniciou como aluno no Centro Esportivo em 1981. Para ele, o judô é o esporte para deficiente mais inclusivo, sendo a maior diferença é a orientação para a realização dos exercícios.

Em junho os atletas participaram do campeonato da IBSA, que é a Federação Internacional de Desportos para Cegos, em Fort Wayne, nos Estados Unidos. A equipe obteve a sua melhor colocação em jogos mundiais, ficando em 3º lugar.

Já no mês seguinte, no Parapan de Lima, os seis atletas da seleção que treinam na Mooca conseguiram seis medalhas, sendo dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

 

 

 

 

Texto: Samuel Fragoso ssfragoso@PREFEITURA.SP.GOV.BR
Imagem: Isabela Dias