Centro Olímpico conquista a Liga Nacional Sub-20

Na última sexta-feira, 24, o time viajou à Manaus para disputar a final

Na última sexta-feira, 24 de junho, o Centro Olímpico conquistou a Liga Nacional Sub-20. A final aconteceu na Arena de Manaus com o público de mais de 17 mil pessoas.

DSC_1380O time, que jogou ao mesmo tempo o Campeonato Paulista adulto, se classificou em primeiro para a semifinal e enfrentou o Aliança de Goiânia. Em um jogo tranquilo, o COTP garantiu a vitória com três gols de Juliana Pires (direita), atacante de 18 anos, um deles de bicicleta. “Foi uma experiência muito boa, estou muito feliz. Agora, rumo ao Paulista, vamos ser campeãs!”, afirma.

Dois dias depois, na sexta-feira, o time viajou à Manaus para enfrentar as donas da casa, Iranduba. Dentro da Arena da Copa do Mundo, mais de 17 mil pessoas apreciaram o futebol feminino e viram o gol da vitória de Ottilia Grassetti (esquerda), atacante de 19 anos. “Eu não esperava pois já tinham anulado um gol nosso e estávamos nos preparando para os pênaltis.”

O técnico Jonas Urias está no COTP desde 2010, passou pelo Sub-13, 15,17 e agora o principal. “Grande parte entrou aqui muito nova, com 12, 13 anos, e eu acompanhei essa trajetória. A nossa prioridade é complementar a formação dessas meninas, que às vezes falta um ano, uma experiência a mais, questão técnica, psicológica, para que elas consigam se inserir no mercado de uma vez por todas.”

DSC_1387O Centro é muito respeitado dentro do futebol feminino e, como prova disso, cinco meninas do time foram convocadas na última chamada feita pela Seleção Brasileira. “A gente busca ser uma referência, e nós somos, mas isso não nos acomoda de forma alguma.”, comenta Jonas.

O jogo em que se consagram campeãs foi no dia 24 de junho às 20hrs. No outro dia, de manhã, tinham um jogo pelo Paulista contra o São José, campeão da Libertadores e do Mundial. Exaustas, as meninas venceram o jogo por 1×0 e agora precisam de uma vitória para se classificar em segundo no campeonato.

As garotas enfrentaram o cansaço do calor, da exaustão pelas viagens e, todos os dias, o preconceito. “Principalmente no Brasil, o futebol feminino não é valorizado. Nós sofremos, já ouvimos muitas vezes que esse esporte não é coisa de mulher”, desabafa Juliana.

Texto: Estella Gomes – ecgomes@prefeitura.sp.gov.br

Fotos: Mariane Barbosa – marianeoliveira@prefeitura.sp.gov.br