PREFEITURA DE SÃO PAULO

Prefeitura de São Paulo lança seu primeiro Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo

Plano elaborado pela COMTRAE prevê ações de enfrentamento ao trabalho escravo, assistência às vítimas e programas de geração de emprego e renda

11/05/2015 12h46

A Prefeitura de São Paulo lança na próxima quarta-feira, dia 13, o Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo. O lançamento acontece na Praça das Artes, região central, em evento com a presença do prefeito Fernando Haddad, do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy, da assessora especial de Promoção do Trabalho Decente da SMDHC, Marina Novaes, da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Silvia Devonald, da procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho em São Paulo, Claudia Lovato Franco, e do superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Luiz Antonio Medeiros.

São Paulo foi a primeira cidade do país a criar uma comissão para prevenção e combate ao trabalho escravo. Sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Assessoria Especial de Promoção do Trabalho Decente, a COMTRAE (Comissão Municipal para a Erradicação do Trabalho Escravo) foi instituída em outubro de 2013 e é dela que nasce o primeiro Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo.

O município de São Paulo tem se destacado pelas constantes denúncias referentes à existência de trabalho escravo e pelos resgates de trabalhadores nessas condições. Nos últimos anos, ganharam destaque os casos que ocorreram em oficinas de costura e em obras de construção civil. Imigrantes latino-americanos, especialmente bolivianos e paraguaios, e trabalhadores de origem nordestina são as principais vítimas deste tipo de violação.

Neste contexto, o objetivo do Plano é estruturar a política pública municipal de enfrentamento ao trabalho escravo, apresentando 58 ações que visam a repressão, prevenção, assistência às vítimas e geração de emprego e renda.

Acesse aqui o Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo

O documento prevê, por exemplo, o acesso das vítimas do trabalho escravo e do tráfico de pessoas ao CadÚnico – cadastro para inclusão de famílias de baixa renda nos programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família. Outro ponto previsto é a elaboração de legislação que vede a participação em licitações e casse concessões públicas de pessoas físicas ou jurídicas que tenham explorado direta ou indiretamente mão de obra escrava. As propostas serão executadas e articuladas pelo poder público com a sociedade civil. O Plano tem vigência até 2017.

Após a assinatura do decreto que institui o Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo, haverá uma mesa de debates sobre a conjuntura da luta pela erradicação do trabalho escravo, com a participação do auditor do Trabalho Luis Alexandre Faria, da procuradora do Trabalho Christiane Vieira e da diretora executiva da Conectas Direitos Humanos, Juana Kweitel.

Lançamento do Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo
13/5, 10h
Praça das Artes
Avenida São João, 281, centro

Assessoria de imprensa
Luciano Moraes Velleda
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