'Mulheres que abrem caminhos': campanha destaca servidoras da rede de proteção à mulher

Responsável pelo enfrentamento à violência doméstica na capital paulista, a pasta registrou 42 mil atendimentos em 2021 e quer estimular a busca das vítimas por apoio

A busca pela garantia e proteção dos direitos das mulheres é um caminho marcado por lutas e conquistas e, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) lança uma campanha para mostrar para as vítimas de violência doméstica que elas contam com o apoio de centenas de mulheres que trabalham direta ou indiretamente na rede de proteção à mulher da cidade de São Paulo. Ao destacar as mulheres que trabalham em diferentes níveis e posições desta rede de apoio a campanha Mulheres que Abrem Caminhos busca estimular as vítimas a darem o primeiro passo para quebrar o ciclo de violência, que é buscar ajuda.

“Muitas mulheres sofrem caladas por anos e anos, seja por falta de informação, de apoio da própria família, seja por dependência econômica ou pelos laços que têm com o agressor, diz a Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania Claudia Carletto. “Saber que há muitas outras mulheres como elas, prontas e dispostas a ajudá-las, pode ser decisivo para que tomem a decisão de buscar essa ajuda”, explica a secretária.

Os mais de 42 mil atendimentos registrados no ano passado representam um aumento de 75% em relação à 2020. Somente no primeiro bimestre deste ano, a pasta atendeu cerca de 1.470 cidadãs. Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022, a gestão paulistana destinou uma verba de R$ 23 milhões para estes serviços e equipamentos, um aumento de 21,95% comparado ao anterior, demonstrando que a proteção e garantia dos direitos de todas as paulistanas é prioridade da Prefeitura.

A campanha Mulheres que Abrem Caminhos estará nas redes sociais da SMDHC, e em cartazes nos equipamentos da prefeitura. Além de destacar que as vítimas não estão sozinhas na luta por seus direitos na capital, ela tem um segundo efeito de reconhecer o trabalho das servidoras de diversas áreas, que atuam desde o desenvolvimento de políticas públicas até o atendimento presencial na rede de serviços, composto por assistentes sociais, psicólogas, e muitas outras profissionais.

Durante as comemorações do 8 de maio, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SMDHC, também é apoiadora da ação “Meu Outro Olhar”, da Projeto Bastê, que acontece no dia 8 de março. Entre as 19h30 e 22h, haverá uma projeção em prédio localizado na Rua Augusta, 453, com imagens de nove mulheres sobreviventes de violência doméstica atendidas pelos equipamentos da secretaria.

O objetivo é levar força e esperança às mulheres que ainda se encontram dentro de relacionamentos abusivos e não conseguem quebrar este ciclo devido à dependência emocional. A gravação do vídeo foi feita na Casa da Mulher Brasileira, em São Paulo. As mulheres que aparecem na projeção transmitem força e positividade através do olhar; as imagens são intercaladas por uma poesia que fala sobre força e acolhimento.

Campanha Mulheres que Abrem Caminhos

A campanha vai além da denúncia e dados de atendimento e busca o empoderar as vítimas mostrando que não estão sozinhas. Ela dá um rosto a quem trabalha diariamente em todos os níveis da implementação e manutenção de políticas públicas de combate à violência contra a mulher. São mulheres que trabalham por mulheres, mulheres que protegem mulheres, mulheres que transformam a vida de outras mulheres e que, verdadeiramente, abrem seus caminhos.

Em um vídeo nas redes sociais, mais de 70 servidoras que compõem o quadro de funcionários da secretaria aparecem na escadaria da Praça das Artes, no coração da capital paulista, formando um grande mosaico feminino com diferentes habilidades e perfis. São técnicas, estudantes e especialistas que, juntas, asseguram o pleno funcionamento da rede de proteção à mulher da cidade, considerada uma das mais robustas e completas do país.

Por meio de cartazes, o trabalho invisível de algumas das servidoras, que desempenham funções mais burocráticas como, por exemplo, despacho orçamentário, ganha feições e é relacionado ao trabalho de outra servidora que realiza o atendimento das mulheres, em uma demonstração de sinergia e grande empenho de todas as partes para que todas as paulistanas tenham acesso à um atendimento digno e humanizado.

Além do vídeo e cartazes, a campanha também conta com diversas ações nas redes sociais da SMDHC, que seguem levando mais informações sobre a defasa dos direitos das mulheres. No próprio dia 8, às 17h, acontece a live “As distintas dimensões da violência contra a mulher e o Sistema Interamericano de Direitos Humanos”, e no dia 9, às 18h, a live “Menopausas”. Ao longo do mês, diversos matérias informativos sobre direitos das mulheres serão traduzidos para idiomas como inglês, espanhol, criole e francês, voltados para as comunidades imigrantes da capital paulista.

Mulheres na administração municipal

Parte fundamental da campanha “Mulheres que abrem caminho” é dar visibilidade para as inúmeras servidoras públicas da SMDHC que, direta ou indiretamente, trabalham para que os serviços de acolhimento e proteção estejam disponíveis para as paulistanas. A presença feminina dentro da pasta, assim como na Prefeitura de São Paulo, é maior que a masculina, o que só reforça o compromisso da administração pública com esta causa.

A SMDHC tem um total de 172 servidoras públicas, que representam 57,8% do total de colaboradores da pasta. Destas mulheres, 45 (57,69%) exercem cargos de liderança e assessoramento. A média de vencimentos das mulheres em cargos comissionados (chefia) é de R$ 4.228,05, enquanto a dos homens é de R$ 3.608.72.

Na Prefeitura de São Paulo como um todo o número de servidoras públicas também é superior ao de servidores municipais. São 86.500 mulheres, 73,15% do total do funcionalismo, número que permanece praticamente inalterado nos últimos cinco anos. A renda média das mulheres é R$ 6.122,16, enquanto as dos homens é de R$ 5.812,62. O equilíbrio é atribuído às respectivas políticas de progressão de carreira existentes no funcionalismo público.

Rede de apoio e proteção à mulher

A SMDHC reforça o suporte às mulheres vítimas de violência doméstica, com a ampliação dos canais de denúncia pelo Disque 156, que em 2021 realizou 1.661 atendimentos, e a concessão do auxílio aluguel. Os equipamentos da SMDHC em funcionamento são os seguintes: quatro Centros de Referência, cinco Centros de Cidadania da Mulher (das 10h às 16h), Casa da Mulher Brasileira (24 horas por dia, inclusive sábados e domingos) que possui alojamento provisório, Casas de Abrigo e de Acolhimento Provisório, que possuem 20 vagas cada, e três Postos Avançados de Apoio à Mulher. A unidade móvel conhecida como Ônibus Lilás, que não circulou em 2020, retomou as atividades no ano passado.

A mulher vítima de violência, seja psicológica, física, moral ou que tenha sofrido qualquer outro tipo de agressão, é atendida no local por uma equipe especializada composta por assistente social e psicóloga que faz uma escuta qualificada, a orientação e possível encaminhamento a um dos equipamentos da rede de proteção à violência contra a mulher.

SERVIÇO:
Campanha Mulheres que Abrem Caminhos
Redes sociais da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Instagram I Facebook I LinkedIn I YouTube

 

Calendário de lives:

08/03 I 17h
Live “As distintas dimensões da violência contra a mulher e o Sistema Interamericano de Direitos Humanos”
Local: YouTube da SMDHC
Participantes: Dr. Flávio de Leão Bastos Pereira, Luciana Santos, Dra. Paula Monteiro Danese, Dra. Artenira da Silva e Silva e Dra. Sílvia Pimentel

09/03 I 18h
Live “Menopausas”
Local: YouTube da SMDHC
Participantes: Julieta Zarza, Mariana Cavalcanti, Cíntia Ribeiro e Cármen Lúcia Dantas
Mediação: Fe Maidel

16/03 I 17h30
Live A construção multicultural da identidade da mulher brasileira (em parceria com a UNINOVE)
Local: YouTube da UNINOVE
Participantes: Solange Bertolotto Schneider

CONFIRA A REDE DE ATENDIMENTO DA SMDHC:

Casa da Mulher Brasileira (todos os dias, 24 horas)
Rua Vieira Ravasco, 26 – Cambuci
(11) 3275-8000

Posto Avançado de Apoio à Mulher (segunda a sexta-feira, das 10h às 16h)
Estação Santa Cecília (Linha 3 Vermelhal)
Posto Avançado de Apoio à Mulher (segunda a sexta-feira, das 10h às 16h)
Estação da Luz (Linha 1 Azul)
Posto Avançado de Apoio à Mulher (segunda a sexta-feira, das 10h às 17h)
Terminal de Ônibus Sacomã – zona sul

CRMs e CCMs – Segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.

CRM 25 de Março (CENTRO)
Rua Líbero Badaró, 137, 4º andar – Centro
(11) 3106-1100

Casa Brasilândia (NORTE)
Rua Sílvio Bueno Peruche, 538 – Brasilândia
(11) 3983-4294

CCM Perus (NORTE)
Rua Aurora Boreal, 53
(11) 3917-5955

CCM Itaquera (LESTE)
Rua Ibiajara, 495 – Itaquera
(11) 2073-4863

Casa Eliane de Grammont (SUL)
Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino
(11) 5549-9339

CRM Maria de Lourdes Rodrigues (SUL)
Rua Luiz Fonseca Galvão, 145 – Capão Redondo
(11) 5524-4782

CCM Parelheiros (SUL)
Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119
(11) 5921-3665

CCM Santo Amaro (SUL)
Praça Salim Farah Maluf, s/n
(11) 5521-6626

CCM Capela do Socorro (SUL)
Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350 – Grajaú
(11) 5927-3102

Além da rede da SMDHC há equipamentos disponíveis também na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMADS).