Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos está com inscrições abertas para a sua 9ª edição

A novidade deste ano é a criação de uma categoria específica para os CEUs

Com 718 projetos inscritos e 104 iniciativas premiadas desde a sua primeira edição em 2013, o Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos (Prêmio EDH), está com inscrições abertas para a nona edição.

A iniciativa é da Prefeitura de São Paulo, por meio do Departamento de Educação em Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME).

O objetivo é estimular nas escolas o debate de temas relacionados aos direitos humanos, de forma a balizar políticas públicas, reduzir preconceitos e desenvolver a cidadania a partir de valores como respeito ao próximo e solidariedade. Em nove anos, o prêmio construiu um banco de dados que reúne boas práticas.

Foi assim que se descobriu que a questão do suicídio está muito presente entre os estudantes e que é necessário acompanhar de perto e adotar iniciativas de prevenção por parte da comunidade escolar.

“O tema do suicídio apareceu com frequência entre os projetos inscritos pelos alunos, demonstrando a preocupação dos estudantes com os seus colegas. O Prêmio EDH se tornou uma ferramenta importante para avaliar as questões de direitos humanos nas escolas”, afirma Renata Mie Garabedian, responsável pelo Departamento de Educação em Direitos Humanos da SMDHC.

O Prêmio EDH se consolida

Essa será a 9ª Edição do Prêmio EDH, que terá como novidade a inclusão de iniciativas dos Centros Educacionais Unificados (CEUs), além das demais unidades escolares da rede municipal de ensino, que já participavam das edições anteriores.

A incorporação da categoria CEU foi decidida devido às características diferentes de concepção dessas unidades, tanto pelo seu corpo técnico, quanto por sua proposta pedagógica e a relação que mantém com o entorno, em sua abertura à sociedade civil, por meio de atividades culturais, esportivas e de lazer.

Além das categorias CEU e Unidades Escolares, o Prêmio EDH está aberto à inscrição de projetos de Estudantes, Grêmios Estudantis e Educadores, que incorpora, além de professores, profissionais como assistentes educacionais e bibliotecários, em projetos que não se limitam às salas de aulas, mas a outros espaços do ambiente escolar.

Outra novidade desta nona edição é que a premiação deixará de seguir os critérios hierárquicos de pontuação tradicionais (primeiro, segundo e terceiro lugares, por exemplo) atribuindo às iniciativas o mesmo peso.

Incentivar os direitos humanos

Para Rogério Gonçalves, diretor da Divisão de Gestão Democrática de Programas Intersecretariais, na Coordenadoria dos Centros Educacionais Unificados, da SME, o Prêmio EDH também tem o objetivo de incentivar, promover e colaborar com o fortalecimento da Educação em Direitos Humanos em cada Unidade Educacional e Centro Educacional Unificado, ancorado no Plano Municipal de Educação em Direitos Humanos, Currículo da Cidade, Matriz dos Saberes e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

“É uma oportunidade de reflexão sobre as vulnerabilidades e características dos territórios, sempre pensando os indivíduos como sujeitos de direito que estão em constante movimento de aprendizagens. Nesse sentido, destaco que é fundamental promover o trabalho coletivo, a articulação e a participação para fortalecer os espaços democráticos e os equipamentos públicos que precisam funcionar para atender os interesses e necessidades dos estudantes e da comunidade", conclui.

O Prêmio EDH na prática

A influência do Prêmio EDH nas escolas pode ser constatada na experiência de um projeto que sofria resistências dentro da escola e, depois de ganhar o prêmio, foi desenvolvido.

O professor Eduardo Cesar Silveira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Rodrigues Alves, foi um dos finalistas do Prêmio EDH em 2019 com o projeto Diversidade Sexual e de Gênero, que surgiu no Programa Especial de Ação (PEA), proposto pela Prefeitura, em que os professores desenvolvem estudos sobre diversos temas e em 2018, foi sobre direitos humanos.

“Trabalhar com diversidade sexual e de gênero nas escolas não é um trabalho de aprendizagem apenas com os estudantes, mas com toda a comunidade escolar. É importante também falar sobre esse tema porque a gente observa que a população LGBTQIA+, principalmente estudantes trans, sofrem uma série de violências e até assassinatos, uma vez que o Brasil é o país que mais mata pessoas da comunidade, em especial a população trans”, lembrou Silveira.

O projeto foi paralisado em 2018 e retornou no ano seguinte. Para ele, o objetivo inicial não era o de ganhar visibilidade externa, mas o de transformar a escola num espaço em que os direitos humanos são observados. “Foi muito importante termos inscrito e ganhado o prêmio porque em certa medida ele deu visibilidade para o projeto na comunidade e o legitimou como uma iniciativa que precisa acontecer em outras escolas, pois ela fortalece a comunidade escolar, especialmente os professores, estimulando-os para que proponham os seus projetos e continuem na luta pelos direitos humanos”, destacou.

Inscrições

Ainda dá tempo para inscrever projetos no Prêmio EDH. CEUs, unidades escolares municipais, educadores, estudantes e grêmios estudantis podem fazer a inscrição de seus projetos pela internet a partir deste link.

Serviço
Prêmio de Educação em Direitos Humanos
Inscrições até 10 de outubro de 2022
Cerimônia de entrega de prêmios: 26 de outubro
Local: Teatro Paulo Autran, Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 197

Informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação da SMDHC
E-mail: smdhcimprensa@prefeitura.sp.gov.br
Telefone: +55 (11) 2833-4160/4174/4175/4176 ou 4210