Prefeitura inicia levantamento de iniciativas promovidas por e para imigrantes

O Mapeamento Colaborativo 2022 inicialmente abre inscrições para coletivos, associações, organizações e pessoas migrantes que desenvolvam diferentes tipos de atividades na cidade de São Paulo, no ramo da alimentação, produção cultural e comunicação, entre outras

A Prefeitura de São Paulo lançou nessa sexta-feira, 2/9, o Mapeamento Colaborativo 2022. A iniciativa é da Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, com o apoio da Organização Internacional para Migrações (OIM), que faz parte do Sistema das Nações Unidas. Coletivos, associações, organizações e pessoas migrantes podem inscrever suas iniciativas nas áreas indicadas preenchendo um relatório nesse hiperlink https://linktr.ee/smdhcmapeamento até 21 de outubro.

As informações levantadas irão compor uma página na internet que estará à disposição da população, onde poderão ser encontradas iniciativas de migrantes como feiras culturais ou artesanais, grupos artísticos, acadêmicos, coletivos, associações de/ou para migrantes, programas de rádio, televisão, imprensa ou mídias sociais com conteúdo sobre migrações e até mesmo restaurantes, serviços de entregas de comida ou de bebidas.

São Paulo é conhecida por ser uma cidade multicultural que acolhe migrantes de todas as partes do mundo. Esse diálogo construído entre os migrantes e a cidade pode ser visto em territórios como Pari, Penha, Itaquera, Liberdade, Bixiga, Mooca e Bom Retiro, entre outros.

O intuito do Mapeamento Colaborativo é reunir todas essas informações, que além da prestação de serviço, também podem ser utilizadas, segundo o coordenador de Políticas para Imigrantes, Bryan Rodas, para qualificar toda essa diversidade e riqueza gerada pela população migrante.

“O objetivo não é só o de reunir informações da rede de migração da cidade de São Paulo, mas de construir esse banco de dados com a participação dos próprios agentes que desenvolvem as iniciativas, que podem ser utilizadas por todos aqueles interessados no tema migratório e pela própria comunidade migrante”, explica Bryan Rodas. Para ele, será possível, entre outros produtos, elaborar um mapa cultural de iniciativas da comunidade de migrantes.

Festas como a Alasitas, por exemplo, que é promovida no início do ano pela comunidade boliviana no Parque D.Pedro I, reúne em todas as oportunidades uma média de 30 mil pessoas, com comidas típicas e artesanato.

O Mapeamento Colaborativo vem sendo desenvolvido desde 2015, mas essa é a primeira vez que pretende reunir tantas informações em uma só edição.

Ele já foi utilizado por exemplo para levantar o número de cursos presenciais e online de Português oferecidos aos migrantes na cidade de São Paulo por ocasião do período de isolamento da pandemia, que provocou a paralisação das aulas presenciais do programa Portas Abertas – Português para Imigrantes. O programa, que também é uma iniciativa da Coordenação em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, oferece o curso do idioma em 11 escolas da rede pública municipal.

O mapeamento tem respaldo da lei que determina o livre acesso à informação para as comunidades migrantes na cidade de São Paulo. O último levantamento do Migracidades, uma plataforma de diagnósticos sobre migração da OIM, de 2021, aponta que 376.156 migrantes vivem aqui. As principais comunidades são a de bolivianos (27%), chineses (7%) e haitianos (6%).

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