Saúde da Mulher é pauta de encontro no MP

 

 

Um dia voltado ao bem-estar feminino. O Ministério Público de São Paulo sedia nesta quinta-feira (29/11) o I Encontro em Defesa da Saúde da Mulher, criado a partir da Lei Municipal nº 16.283/2018, por meio de uma iniciativa da bancada feminina da Câmara Municipal, em parceria com as Secretarias de Direitos Humanos e Cidadania, Saúde, Assistência e Desenvolvimento Social, além do Sebrae e do próprio MP.

O evento começou com depoimentos de 14 agentes de saúde relatando frases para combater a violência doméstica, a vulnerabilidade social e a triste constatação de que o Brasil é o quinto país do mundo em números de feminicídio. As agentes vestiam uma camiseta com os dizeres “Você não está sozinha”. Depois, a mesa de abertura foi instalada e o sub-procurador geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa - representando o Ministério Público, deu as boas-vindas à plateia que lotou o auditório.

A secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Berenice Giannella, destacou que “a violência é uma das piores marcas da sociedade brasileira e o grande desafio é melhorar o fluxo dos CRMs (Centros de Referência a Mulheres em Situação de Violência)”. O secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, José Castro, e a secretária municipal de Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Aline Cardoso, também estiveram presentes e ressaltaram a importância de contribuir com a prevenção à violência doméstica.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a violência física e sexual é um problema de saúde pública que afeta mais de 1/3 de todas as mulheres do mundo. As mulheres correm maior risco de sofrer estupro e violência doméstica do que serem vítimas de câncer, acidentes de carro, guerra e malária. As conseqüências da violência para a saúde das mulheres podem ser diretas ou de longo prazo, acarretando danos variados, físicos, de ordem sexual, e até mesmo podendo provocar problemas de saúde mental.