São Paulo sedia etapa da Copa dos Refugiados que reúne mais de 20 seleções

 

Depois de jogos já promovidos nas cidades de Rio de Janeiro e Porto Alegre, São Paulo também vai sediar uma etapa da Copa dos Refugiados, torneio iniciado em 2014 pela ONG África do Coração. Nesta sexta-feira (24), uma cerimônia no auditório do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, da Secretaria Municipal de Esportes, deu início oficialmente à etapa paulista da competição, reunindo mais de 20 nacionalidades e 940 atletas. Essa é a quinta vez que a cidade de São Paulo reúne uma etapa da Copa dos Refugiados. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, responsável pela Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente, apoia a iniciativa.

Mais do que um simples torneio de futebol, a Copa dos Refugiados busca a integração de imigrantes e refugiados à sociedade, para oferecer oportunidades de emprego, assistência à saúde, educação e acesso às demais políticas públicas e direitos comuns aos cidadãos brasileiros.

“Apesar de alguns conflitos, o governo brasileiro tem sido firme em manter as nossas fronteiras abertas e aqui, a capital de São Paulo – também nesse processo de interiorização – está sempre de braços abertos para receber os imigrantes. Acho que essa Copa serve para irmanar ainda mais os nossos povos”, disse a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Berenice Maria Giannellla. “A gente espera que a Copa seja um sucesso em si, não apenas pelo esporte, mas por todas as outras iniciativas culturais que a acompanham”.

Reforçando os propósitos da competição, Jean Katumba – refugiado congolês e presidente da ONG África do Coração, organizadora do torneio – explicou que esta edição da Copa tem o lema “Não me julguem antes de me conhecer”. “Para jogar futebol não é necessário falar muitos idiomas, mas apenas a língua do coração”, afirmou.

O secretário municipal de Esporte, João Farias, definiu a Copa desta maneira: “É um evento que vai muito além do esporte e de partidas de futebol. O maior destaque da competição é a visibilidade dada à causa dos refugiados e a esse tema cada vez mais presente no nosso cotidiano”, disse.

A competição vai reunir 16 seleções de três continentes (América do Sul, África e Ásia), além de uma equipe que vai representar a Agência da ONU para Refugiados (Acnur). Essa será a primeira vez que imigrantes venezuelanos participam da competição, que agrega ainda seleções do Marrocos, Níger, Togo, Mali, Nigéria, Guiné Bissau, Angola, Camarões, Senegal, Gana, Congo, Iraque, Síria, Líbano e Coréia do Sul.


Jogos
As partidas serão disputadas a partir do próximo sábado (25) e prosseguem até 2 de setembro, nos campos do Jardim São Paulo, Vila Manchester e no Estádio Jack Marin. Todos os jogos tem entrada gratuita.

A Copa dos Refugiados já teve duas etapas disputadas: nos dias 2 e 3 de junho em Porto Alegre, tendo como campeã a Seleção do Senegal, e no Rio de Janeiro, entre 4 e 5 de agosto, com a etapa vencida por Angola.