Prefeito e Secretários visitam CTA São Mateus, que abriga imigrantes venezuelanos

 

 

L.R.G, casado e pai de uma adolescente de 13 anos, foi cabo da Marinha de Fronteira na Venezuela. – mas, devido à crise, precisou deixar seu país para tentar uma nova vida no Brasil. Entre caronas, caminhadas e a solidariedade de muitos brasileiros, chegou a Boa Vista e, por meio do processo de interiorização firmado entre o governo federal e a prefeitura de São Paulo, está atualmente instalado no Centro Temporário de Acolhimento (CTA) São Mateus junto com outros imigrantes venezuelanos. “Estou aprendendo muitas coisas: português, uma nova profissão e também como me relacionar com os brasileiros. Quero um trabalho, crescer muito e trazer minha família”, disse.

Ele é um dos muitos imigrantes venezuelanos no CTA São Mateus, na Zona Leste, que recebeu na manhã de domingo (6) a visita do prefeito Bruno Covas, acompanhado da secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, do secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, e dos titulares de outras secretarias municipais que trabalham em conjunto oferecendo apoio institucional e suporte para essa população ter autonomia.

Bruno Covas visitou todas as instalações e conversou com os imigrantes. “Atendendo aos pedidos do governo federal e do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), a prefeitura aceitou participar do programa solidário de acolhimento à população venezuelana vindas das cidades de Boa Vista e Pacaraima. É o Brasil recebendo uma grande quantidade de refugiados e São Paulo fazendo sua parte”, disse o prefeito.

“Conheço vários centros que acolhem refugiados no mundo e posso dizer que aqui temos um lugar digno, onde as pessoas são bem atendidas e acima de tudo podem reconstruir sua vida, sendo encaminhadas para vagas de trabalho. Esta é a nossa missão de respeito à dignidade humana”, ressaltou a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda.

A Prefeitura de São Paulo acolheu 220 venezuelanos vindos de Roraima – na última sexta-feira (4), 59 deles chegaram ao município, na terceira leva de imigrantes encaminhados pelo Governo Federal no processo de interiorização. Deste total, 183 foram acolhidos no CTA São Mateus, 28 no CTA Butantã e nove mulheres no Centro de Acolhida para Imigrantes Penha (CAI).


PARTICIPAÇÕES

As secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania, Assistência e Desenvolvimento Social, Trabalho e Empreendedorismo, Saúde, Educação e Relações Internacionais estão unidas em diversas ações públicas que visam oferecer apoio e suporte institucional para essa população, prevenindo o agravamento da situação de emergência e na busca de inserções no mercado de trabalho e no convívio com a cidade. Durante a visita de domingo, o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Filipe Sabará, comentou: “Somos muito gratos pela oportunidade de ajudar essas pessoas que estavam em situação de vulnerabilidade em Roraima”.

O primeiro grupo de venezuelanos recebeu CPF e Carteira de Trabalho brasileiros. A Rede Cidadã, em parceria com a SMADS, promoveu a capacitação de 66 pessoas para o Programa Trabalho Novo. Em cooperação com o setor privado, a Prefeitura busca empresas que necessitem de pessoas que falem espanhol ou que tenham interesse em contratar a mão de obra relacionada às qualificações identificadas nos imigrantes.

Equipes do Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, orientam sobre regularização migratória, assessoria e suporte jurídicos – em parceria com a Defensoria Pública da União. Também atendimento socioassistencial, incluindo apoio psicológico e encaminhamento para oficinas de qualificação profissional.

 

Saiba mais sobre o CRAI

Os imigrantes que chegam à capital são atendidos em vários idiomas (português, espanhol, francês, inglês, árabe, crioule, suahili, lingala) no Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes (CRAI), administrado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH). A equipe também desenvolve ações públicas com vítimas de violações em direitos humanos, em especial de trabalho análogo à escravidão.

A SMDHC conta o projeto Portas Abertas: Português para Imigrantes em parceria com a Secretaria Municipal de Educação – em que são oferecidos cursos em escolas municipais estruturados em módulos, com material didático próprio e aberto para imigrantes de todas as nacionalidades.