Parada Gay em ritmo de festa e protesto na Capital

Por Marcela Fonseca - Jornal Metrô News

Dia 2 de junho acontece a 17ª Parada do Orgulho LGBT, na Avenida Paulista, região central. Sob a temática “Para o armário, nunca mais! – União e conscientização na luta contra a homofobia”, a marcha volta a contar com show de encerramento, na Praça da República. Com aporte financeiro da Prefeitura de São Paulo estimado em R$ 1,6 milhão, a Parada Gay deve atrair três milhões de pessoas.

“Retomamos o show final que não ocorria desde 2009. Vencedora do The Voice Brasil [da TV Globo] Ellen Oléria é atração confirmada. E há grande possibilidade de termos um trio elétrico com Daniela Mercury, o que será muito oportuno, já que a cantora saiu do armário”, disse o diretor-executivo da Associação Parada do Orgulho LGBT (Apoglbt), Nelson Matias.

Segundo Matias, a Parada Gay acontece em clima de festa e protesto. “A Parada tem a função de festejar o orgulho de ser gay. Esse é um recado para os conservadores que querem nos colocar outra vez no armário. É um evento festivo sim, mas ela é também reivindicatória”, disse ele referindo-se à pauta colocada em votação na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara pelo deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que propõe a “cura gay”. “Feliciano é só a ponta do iceberg. E essa é uma discussão que permeia a manifestação”, comentou.

Coordenador de Assuntos da Diversidade Sexual da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Julian Rodrigues explica que a ideia é destacar que a luta por direitos e a visibilidade e orgulho LGBT vieram pra ficar. “É uma resposta à onda conservadora e homofóbica que recrudesce nos últimos anos. O fundamental é que a Parada seja um evento de cidadania, de afirmação dos direitos humanos. É uma manifestação da diversidade, da pluralidade, da democracia. São Paulo abraçou a Parada, que é hoje um dos ícones da cidade e a maior do mundo", completou.