Dia da Visibilidade Trans: por mais respeito e cidadania

 

Foi em 29 de Janeiro de 2004 que tudo começou: nesta data, um grupo de ativistas composto por 27 travestis, mulheres transexuais e homens trans entraram no Congresso Nacional, em Brasília, para lançar a campanha “Travesti e Respeito”, promovida pelo Ministério da Saúde. O objetivo era ressaltar a importância de respeitar a diversidade e o próprio movimento, tendo sido a primeira campanha nacional idealizada e organizada pelas próprias trans.

Desde então a data é não só lembrada, mas marca também a realização de uma série de atividades e ações em busca de visibilidade positiva para a população trans – que, no dia a dia, enfrenta regularmente a invisibilidade e o preconceito. Tais fatores provocam reação em cadeia, levando à evasão escolar, à dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, e à prostituição como única alternativa possível de renda. Enquanto a expectativa de vida para a população no Brasil é de, em média, 75 anos, no caso da população trans essa média cai para menos da metade – 35 anos.

Por isso a necessidade de um dia como hoje. Para evitar o preconceito, a violência e a morte de tantas pessoas, para que a sociedade possa refletir. Para buscar o reconhecimento de direitos e a afirmação da cidadania plena para travestis, mulheres e homens trans. Assim como qualquer um, as pessoas trans querem apenas respeito e dignidade. Legalmente, elas têm esse direito.

Cabe a todos nós fazer com que ele seja respeitado.