Idosos participam de oficina em grafite no 5º Festival de Direitos Humanos

 

 

 A arte do grafite e o exercício da criatividade foram oferecidos em mais uma atividade lúdica do 5º Festival de Direitos Humanos, na Praça do Patriarca. Frequentadores do Polo Cultural da Terceira Idade vieram ao centro da cidade para trabalhar a imaginação: Célia Cruz desenhou um coração com pernas – “o amor em liberdade” – e Cleo Crispim pintou várias pétalas, enaltecendo a natureza. Roberto Caroano fez um cacto e um sol, enquanto o clima natalino esteve presente com o desenho do Papai Noel realizado por Ivone Ciocci. Mas o que mais impressionou a todos foi a releitura de uma obra de arte feita por Mário Gutierrez, inspirado na obra Abaporu, de Tarsila do Amaral (pintura a óleo do período antropofágico do movimento modernista no Brasil e uma das telas mais valorizadas no mercado mundial das artes, estimada em mais de R$ 130 milhões).

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos – a definição mais popular define como um tipo de inscrição feita em paredes. Apesar de ter surgido “oficialmente” na década de 1970, quando alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes de Nova Iorque, há vestígios dessa arte desde o Império Romano. Durante a oficina de grafite oferecida na Praça do Patriarca a supervisão foi feita pela psicóloga Carla Ruiz, que ficou impressionada com as produções. “É importante ressaltar que esse trabalho desperta a inserção de pessoas idosas na arte contemporânea e, além de tudo, é divertido”. Para a coordenadora de Políticas para Idosos, Sandra Regina Gomes, a atividade integra gerações: “O grafite é visto geralmente apenas pela óptica dos jovens e a adesão da população mais envelhecida aproxima e transforma esse contato humano”.