Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados

 

Instituído pela ONU em dezembro de 2010, o Dia Internacional das Vítimas de Desaparecimentos Forçados – 30 de agosto – traz à tona uma situação com a qual muitos, infelizmente, tiveram que aprender a conviver: a angústia pela ausência de notícias de alguém querido.

A data teve base no "Dia Internacional dos Detidos/Desaparecidos", que já era comemorado desde 1981 na América Latina e Caribe, sob a coordenação da FEDEFAM (Federação Latino-Americana de Associações de Familiares de Detidos/Desaparecidos), mas teve como marco inicial o dia 30 de agosto de 2011. O objetivo é unir os líderes dos países signatários da Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra Desaparecimentos Forçados em prol do combate ao desaparecimento forçado de pessoas ao redor do mundo.

Entre as décadas de 60 e 80, os regimes militares da América Latina, usaram como método repressivo o sequestro, a tortura e o extermínio de civis subversivos. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou, em seu relatório final, 210 desaparecimentos vítimas da ditadura militar no país. Mas, apesar de muito associados às ditaduras militares, os desaparecimentos forçados ainda hoje são cometidos em situações variadas de conflito interno, como meio de repressão política. Em pleno 2018, milhares de pessoas encontram-se detidas ou presas sem contatos com familiares.

O apelo deste dia é um chamado à reflexão para que todos se unam e, finalmente, seja possível acabar com esta triste realidade.