Uma reunião realizada na Secretaria Municipal de Direitos Humanos, na última segunda-feira (16), marcou o início de um trabalho conjunto com o Programa de Pessoas Desaparecidas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O objetivo é aperfeiçoar a localização de desaparecidos e dar apoio para as famílias que buscam os seus entes queridos.
Segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública encomendado pelo CICV, nos últimos dez anos 190 pessoas, em média, desapareceram por dia no Brasil, cerca de oito por hora – somente em 2016 foram registrados 71.796 desaparecimentos. Em São Paulo, aproximadamente 20 mil pessoas desaparecem anualmente. Grande parte dos desaparecidos no país é de crianças: 40 mil por ano. E a deficiência no sistema de informações e a falta de comunicação entre os bancos de dados dificultam a localização das pessoas: somente 5% dos casos de desaparecimento são solucionados no país.
Segundo a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eloisa Arruda, o encontro serviu para a apresentação de ferramentas que podem ser utilizadas em ações compartilhadas com o objetivo de encontrar pessoas desaparecidas em São Paulo.
Participaram da reunião com a secretária, pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Larissa Leite, responsável pelo Programa de Pessoas Desaparecidas, e Andrés Patiño Umaña, coordenador Regional Forense. O encontro também contou com as presenças de Darko Hunter, do Departamento de Localização Familiar e Desaparecidos; Naiara Matos, coordenadora de Educação para os Direitos Humanos; Miguel Tortorelli, coordenador de Políticas sobre Drogas; e Marina Luna, assessora para Assuntos Internacionais, todos da Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania.
A empresa Imagecsec Security Solutions, representada pelo seu presidente Kurt Hazl e pelo diretor Fernando Emílio Ulson de Souza, fez uma apresentação sobre um sistema de reconhecimento facial por imagens desenvolvido por ela.
