Restaurante Escola, confeitando o futuro

13/07/2009 - Trabalho

Texto: Celio Soares e Regina Ramalho.

O programa Restaurante Escola, funciona na Câmara Municipal de São Paulo, desde 2004, já capacitou e formou 650 jovens em vulnerabilidade social com idades entre 16 a 20 anos, até junho desse ano. Em 2007 a ação que é coordenada pela Secretaria Municipal de Assistencia e Desenvolvimento Social, Nós do Centro, União Européia, em convênio com a Fundação Jovem Profissional, ganhou mais força com o apoio da Secretaria Municipal do Trabalho, responsável pelo pagamento de bolsa aos jovens estudantes.

Para a coordenadora do Restaurante Escola, Teresa Suplicy, a bolsa é fundamental para que os jovens possam participar do curso. “A bolsa viabiliza a vinda dos jovens para o curso, pois a maior parte dos alunos reside em regiões afastadas da cidade e pegam em medias de duas a três conduções para assistirem as aulas. Além, disso o valor (hoje de R$ 534,75), também permite que os mesmos contribuam para os orçamentos de suas famílias”, ressalta Tereza.

Os estudantes têm aulas de atendimento no salão, bar e cafeteira, apreendem cozinhar comidas típicas brasileira, italiana e francesa. Recebem noção de administração de restaurante e vivenciam os serviços de maitre, garçom, cumin, confeiteiro, saladeira, masseira, barista e assim podem identificar suas habilidades e vocação. Além, de uma oportunidade de qualificação os jovens recebem noções de cidadania.

São historias como a de Jackson Fonseca França, 19 anos, ex-aluno, formado em 2008 e funcionário a três meses do restaurante de um Clube no Alto de Pinheiros. “Trabalho como ajudante de cozinha e garçom no Clube e sonho em me tornar chefe de cozinha, como meu irmão que se formou na segunda turma do Restaurante Escola e já trabalha como chefe de cozinha em um restaurante no litoral norte de São Paulo”, explica França. “O primeiro a entrar para esse ramo foi meu irmão João, ele é minha inspiração. Agora planejo cursar gastronomia, conhecer a Itália e a França“, afirma França.

Já Juliana dos Santos Mesquita, 26 anos, moradora do Jardim Angela, ex-aluna e trabalha como subchefe de cozinha do Restaurante Escola. “Para ser chefe é necessários muitos conhecimentos. Além de cozinhar diversos tipos de pratos, fazer as combinações e exultar a montagem do serviço. O chefe tem que saber administra a cozinha, ver o que esta necessitando, controlar a qualidade e apresentação de tudo que vai ser servido”, explica Juliana, que atualmente ela cobre as férias do chefe.

O sucesso das turmas anteriores reflete a qualidade do curso e traz bons resultados na inserção dos profissionais no mercado de trabalho. Só na última turma dos 46 bolsistas formados, 36 já estão trabalhando com a carteira assinada e ganhando salários acima de R$500, além das famosas “caixinhas” e benefícios.