Secretaria recebe números do setor bancário sobre capacitação de pessoas com deficiência

04/08/2009 - Trabalho

A Comissão da Diversidade, instituída pela Febraban- Federação Brasileira de Bancos para operacionalizar o “Programa de Capacitação Profissional de Pessoas com Deficiência no Setor Bancário” participou de reunião na Secretaria do Trabalho. No encontro foi apresentada uma prévia do relatório que aponta os principais resultados da capacitação e inclusão de pessoas com deficiência no setor bancário.

O projeto-piloto, iniciado em parceria com as secretarias municipais do Trabalho e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida em novembro 2008, oferece capacitação e emprego para 497 pessoas com os mais diversos tipos de deficiência. Elas foram pré-selecionadas pelo Programa Inclusão Eficiente, no CAT- Centro de Apoio ao Trabalho, da Secretaria do Trabalho. Desses, 348 alunos concluintes do ensino médio começam a trabalhar em setembro deste ano no sistema bancário nas funções de operador de call center, iniciante de agência, iniciante administrativo e caixa. Já os 135 estudantes que ainda estão concluído o supletivo do ensino fundamental deverão ser inseridos no setor em 2010. Durante toda capacitação os alunos recebem salários de R$ 675,76, por uma jornada diária de quatro horas de trabalho e os mesmos benefícios da Convenção Coletiva do Setor.  

Para a gerente de Recursos Humanos do Banco Bradesco e membro da Comissão da Diversidade, Iracema Franco Mayer Macário, a parceria com a Prefeitura, por meio das secretarias, foi decisiva para a viabilização do projeto. “A união com o setor público foi fundamental. Toda a equipe especializada em seleção e estruturas do CAT estavam à nossa disposição, sem falar no banco de cadastro de pessoas com deficiência do Programa Inclusão Eficiente”, disse Iracema.

A superintendente executiva de Recursos Humanos, do Grupo Santander Brasil, Maria Cristina da Costa R. de Carvalho, explica sobre a segunda etapa do programa. “O principal desafio da atual fase é o engajamento dos gestores bancários para tornar o ambiente de trabalho efetivamente acessível às pessoas com deficiência. A acessibilidade, que vai além das barreiras arquitetônicas passando pelas relações sociais de trabalho, só é possível ser atendida com informação inclusiva”, afirma Maria Cristina.

O relatório do Programa com os estudos e resultados deverá ser apresentado, na íntegra, à sociedade e demais instituições interessadas ainda esse mês.

(Texto: Regina Ramalho)