Foliãs respondem à pesquisa realizada pelo Observatório do Turismo e Eventos em 2020, antes da pandemia da Covid-19
(Foto Thiago Clemente/Spturis) 

Em 2020, quando sediou a última edição do Carnaval de Rua, antes da pandemia da Covid-19, a cidade de São Paulo reuniu um público de 15 milhões de pessoas em 644 blocos de Carnaval de Rua, durante oito dias. Na ocasião, o Observatório do Turismo e Eventos (OTE) realizou uma pesquisa sobre o evento e entrevistou mais de 1.200 pessoas.

O impacto econômico gerado pelo evento, calculado pelo OTE, foi de cerca de R$ 2,7 bilhões, superando todas as expectativas iniciais de movimentação financeira com turismo e, principalmente, consolidando o Carnaval como um dos eventos mais importantes para a cidade.

Neste ano, a festa foi suspensa para conter a disseminação do coronavírus. Com o avanço da vacinação atualmente, com 80% dos adultos vacinados com a segunda dose, ontem (05/10), a Prefeitura de São Paulo anunciou o planejamento para o Carnaval de Rua de São Paulo em 2022.

“Trata-se de um dos maiores eventos turísticos da cidade, que reúne paulistanos e turistas, que se hospedam ou ficam na casa de amigos, consomem as opções de gastronomia e vão aos centros de compras, portanto, geram oportunidades de emprego e renda, movimentando a economia da cidade”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “Na retomada econômica de um centro cosmopolita, cultural, gastronômico como São Paulo, a realização dos eventos com segurança é essencial para impulsionar ainda mais todos os segmentos envolvidos com o turismo”, completa.

Para planejar o evento, é preciso iniciar alguns procedimentos técnicos com antecedência, como o credenciamento dos blocos e a publicação do edital de patrocínio. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, esta etapa é fundamental para garantir a segurança dos foliões. “É importante que façamos um planejamento para, se a Vigilância aprovar, ter um carnaval de forma segura e para ajudar na retomada econômica. Vai ser o nosso maior carnaval de rua”, disse o prefeito.

Para preparar a festa, a administração municipal teve parecer favorável da Vigilância Sanitária com base na atual queda dos números de ocupação dos leitos de UTI, de enfermaria, de óbitos, da ampliação da população vacinada (que já chega a 97,5% dos adolescentes e 82% das pessoas com a imunização completa), além das doses de reforço na capital paulista.

O diálogo com os blocos ficará a cargo da Secretaria Municipal de Cultura. Para 2022, a cidade será organizada em polos grandes e médios, além dos caminhos pequenos. Os mesmos percursos programados para os anos de 2019 e 2020 serão mantidos. As inscrições para os blocos estarão disponíveis entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro. Já o edital de patrocínio será lançado em 18 de outubro e a lista dos desfiles será publicada em 28 de novembro. Os cadastramentos dos blocos tradicionais, ou seja, aqueles que já participaram de edições anteriores, serão priorizados e os iniciantes serão validados em seguida.

Pesquisa traz o perfil dos turistas

Segundo a pesquisa do OTE, em 2020, o gasto médio dos turistas ficou em R$ 648,19 e o número de permanência na cidade de São Paulo de dois dias.

Mais de 25% das pessoas eram de fora do município. Entre os paulistanos, a maior parte veio das Zonas Sul (26%) e Leste (23,7%) da cidade. A mesma porcentagem de entrevistados declarou que receberam parentes ou amigos de outras localidades para curtirem o Carnaval na cidade, mostrando um aumento de 12% em relação a 2019.

Quando questionados o que influenciou na decisão de pularem o carnaval de rua em São Paulo, 38,6% apontaram o custo acessível da festa.

 

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