Desafios do delivery e oportunidades do mercado pet são temas das lives do Programa Volta por Cima nesta sexta-feira (26)

Convidados de entidades parceiras, gestores e oficineiros de programas orientam os participantes sobre as melhores práticas de cada área frente à pandemia de covid-19

 O programa Volta por Cima, série de lives organizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET) chegou à segunda semana de transmissões ao vivo pela sua página no Facebook. Entre os temas abordados, destacaram-se dicas sobre empreendedorismo, mercado de trabalho, inovação, inteligência emocional, produtividade, entre outros.

Nesta sexta-feira, dia 26 de março, a primeira atividade será às 10h, com o tema “Reinvenção do restaurante – Delivery 360”. A ideia é discutir propostas para oferecer um serviço de entrega eficaz e rentável e adaptar-se ao novo cenário perante à pandemia de covid-19. Para isso, a coordenadora do Observatório da Gastronomia de São Paulo, Guta Chaves, que vai mediar o encontro, convidou donos de restaurantes que estão conseguindo driblar os principais desafios para contar sua experiência.

Na sequência, o oficineiro do programa Elabora da Fundação Paulistana, Danilo Marques, fala sobre o mercado pet. O Brasil é o segundo maior mercado deste segmento no mundo e algumas ideias simples podem alavancar novos negócios e inspirar empreendedores.

“A programação de lives será mantida mesmo com a antecipação de feriados, determinada em decreto na capital. É mais uma oportunidade para as pessoas que estrão em casa para aproveitar e buscar o conhecimento e a troca de experiências até o fim deste mês. São diversos especialistas que podem, com sua vivência, inspirar as pessoas a se reinventarem neste momento de crise econômica e sanitária”, destaca a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso.

Aniversário do Cresan Butantã

A programação desta quinta-feira (25) teve como abertura a celebração do aniversário do Cresan Butantã. A mediação ficou por conta de Guta Chaves, do Observatório da Gastronomia de São Paulo. Lúcia Verginelli, coordenadora dos Cresans - Centros de Referência Alimentar e Nutricional de São Paulo, falou inicialmente sobre as ações de segurança alimentar por meio da cozinha experimental, onde ocorrem oficinas culinárias, e também a horta suspensa que possui uma ampla oferta de verduras. No momento, as atividades estão suspensas devido à pandemia de covid-19.




No primeiro bloco, o tema foi desenvolvimento econômico e empreendedorismo. Foram convidados Paulo Marcelo Tavares, diretor de desenvolvimento local da Adesampa e Celso Casa Grande, coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional da SMDET.

Em 2020, o Cresan Butantã passou por uma reforma estrutural que renovou as instalações do local e instalou um Teia, espaço do coworking gratuito que promete auxiliar os empreendedores do entorno, pois permite desde trabalhar no local com a disponibilização de internet rápida até espaço para realizar reuniões. “Além de oferecer infraestrutura vamos criar grades de cursos para capacitação focada em empreendedorismo. Agora, a ideia é levantar a vocação da região para que se torne um vetor de desenvolvimento local”, explica Paulo Marcelo Tavares.

No segundo bloco, a coordenadora Lúcia Verginelli recebeu representantes dos Cresans de Caraguatatuba e Indaiatuba para falar sobre boas práticas do segmento nestas cidades. Cintia Araújo falou sobre a experiência no litoral norte, cujo equipamento celebra 15 anos em 2021. Entre as atividades mais procuradas estão oficinas de panificação e confeitaria, atividades econômicas que impactam diretamente na geração de renda na comunidade local.



Sobre a cidade de Indaiatuba, Victor Hugo Bonequini contou que o Cresan tem uma função de garantir a segurança alimentar e também orientar a população em situação à vulnerabilidade e ao combate à obesidade.

O terceiro bloco abordou o empreendedorismo feminino e transformação social com as convidadas Adélia Rodrigues, sócia-fundadora e gestora do projeto Gastronomia periférica e Camila Batista, vice-diretora da Migraflix.

O projeto Gastronomia periférica tem diversas frentes de atuação, sendo a principal o conjunto de escolas localizadas nas periferias da cidade. O público-alvo é majoritariamente feminino, sendo formado por mulheres que muitas vezes já tem sua família formada, mas sonham em se profissionalizar na área para exercer uma função como cozinheiras.

A principal grade cursos é formada pelas capacitações de cozinheiro profissional e cozinha e empreendedorismo. Recentemente, ainda, foi realizado um curso chamado “Faça e venda” com foco em produção de ovos de páscoa. Além da parte prática, os cursos também concentram a formação na parte teórica.

“Não somos só ‘fazedores’ de coisas; podemos trabalhar também intelectualmente vários conceitos como educação financeira para o negócio, que pode impactar na rotina da própria pessoa”, explica Adélia Rodrigues.

Já o trabalho do Migraflix é voltado para auxiliar imigrantes e refugiados residentes na cidade de São Paulo. “Uma das questões chave quando pensamos no desafio que as mulheres enfrentam quando chegam a um novo país é a questão da rede de apoio, pois elas não conhecem ninguém e precisam criar esse canal de comunicação para empreender e vender”, explica Camila Batista.

O último bloco foi dedicado às entidades parceiras do Cresan Butantã. Laís Vieira representante da Associação de Trabalho Educacional, Esportivo, Recreativo e Cultural (ASSTERC) e Elisabete Silva, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Jaqueline. Neste momento de pandemia, a parceria tem sido no sentido de minimizar a fome das pessoas assistidas pelos projetos sociais com a distribuição de verduras e legumes. Fora do período da pandemia, as pessoas das comunidades participam dos diversos cursos de capacitação oferecidos pelo equipamento.

Maturidade

Na Live das 15h, a oficineira do Programa Elabora, Ana Cristina Lima apresentou soluções para geração de renda, oportunidades e o mercado de trabalho na maturidade.

De acordo com a especialista, ainda há empresas que optam por contratar candidatos com mais de 50 anos e que valorizam o conhecimento, experiência e confiança adquiridos por estes profissionais nessa faixa etária. “Existem duas situações para os que pretendem se aposentar. Os que optam por levar uma vida tranquila sem compromissos e com uma reserva de emergência, e os que mesmo aposentado, percebem a necessidade de continuar em atividade para ter uma renda auxiliar, que possa cobrir suas necessidades e sentir-se útil, na ativa. O importante é encontrar um caminho para a satisfação pessoal, pois há possibilidades e recursos com a ajuda até de aplicativos para recolocação deste público, basta pesquisar e buscar suporte como em nossas lives" disse, Ana Cristina.

Empreendedorismo


A segunda live do dia foi realizada no Facebook da Fundação Paulistana, entidade ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, que tem como foco a qualificação profissional. O tema do encontro foi “Produção de conteúdo para redes sociais e blogs” e contou com a palestra do oficineiro do Elabora, Danilo Marques.

O oficineiro destacou a importância de se produzir um bom conteúdo para as redes sociais. “Quando o conteúdo tem qualidade, ele cumpre sua função de informar corretamente, contribuindo com a experiência de compra e acesso do cliente. Ou seja, quando bem pensado, ele ajuda também no processo fidelização de clientes, impulsionando a geração de renda do empreendedor”, declarou.

O Elabora tem como objetivo ampliar as chances de recolocação profissional dos candidatos a uma vaga de trabalho, desenvolvendo competências e habilidades diversas, inclusive na elaboração do próprio currículo, na hora de se apresentar em um processo seletivo, além de fomentar para que o cidadão descubra e explore seus pontos positivos e até mesmo apoiando na geração de renda por meio do empreendedorismo.

O Portal do Cate conta também com diversas lives do Elabora. Totalmente gratuitas, as transmissões oferecem orientações de como se destacar em processos seletivos e entrevistas de emprego, especialmente durante a pandemia do coronavírus. Os encontros estão disponíveis apenas para os usuários cadastrados na plataforma. A inscrições podem ser feitas pelo link: www.cate.prefeitura.sp.gov.br


Moda

O ciclo de lives foi encerrado com o debate em torno do tema Empreendendo no setor da Moda, que trouxe para o público experiências de empreendedoras que atuam no setor de moda afro e destacou também o programa da Prefeitura de São Paulo, o Fashion Sampa. A mediação ficou por conta da Flávia Costa, que compõe a assessoria técnica da Coordenação de Desenvolvimento Econômico da SMDET.

O Fashion Sampa tem o objetivo de fomentar o mercado da moda, promovendo ações de qualificação profissional e geração de renda por meio do empreendedorismo e gestão de negócios. A iniciativa, que conta com o apoio da São Paulo Fashion Week, incentiva o empreendedorismo e o desenvolvimento de políticas voltadas a reduzir as desigualdades regionais. “É um programa que incentiva a cultura empreendedora no setor, trazendo as pessoas criativas para a formalização com suporte técnico e fortalecendo o ecossistema da moda. Promovendo ainda o trabalho decente neste mercado com desenvolvimento sustentável, imprescindíveis para a ampliação desta cadeia produtiva”, explica Flávia Costa.

O encontro virtual contou ainda com o coordenador de Eventos da Coordenadoria de Turismo da SMDET, Vander Lins, que destacou a importância da moda para a capital paulista. “A moda também impulsiona o turismo e gera renda nesse mercado. Nossa cidade é reconhecida internacionalmente pela São Paulo Fashion Week, uma das cinco semanas de moda mais importantes do mundo e que ainda dita tendências. No entanto, diante da pandemia a organização precisou se reinventar e ao contrário de duas edições por ano, fizeram apenas uma em outro formato, em 2020”, salienta Vander Lins. “Isso também aconteceu em outros países, mostrando que a indústria da moda já entendeu que não precisa de um evento como uma semana da moda para colocar suas criações no mercado. Isso é um indicativo para toda a cadeia produtiva se reinventar, da costureira ao criativo, que terão que usar outros recursos e caminhos para lançar coleções, produtos, entre outros”.

O bate papo sobre o setor trouxe as inspirações de Ana Cristina Neves, da Candace Moda Afro, que mudou o rumo profissional quando iniciou a confecção de moda com tecidos com estamparia típica africana. O início dos trabalhos da empresa foi em São Paulo e hoje atua também em Salvador (BA). “Eu comecei a fazer roupas como um desafio. Costurava para mim mesma e para minha família e não imaginava que trilharia esse caminho a ponto de chegar a expor minhas criações em grandes eventos. Mas, as oportunidades foram surgindo e não perdi a chance de empreender”, conta.

Outra história levada ao público foi a de Viviane Abrahão, empreendedora do setor criativo, da zona norte da capital, que destacou sua experiência no mundo da moda. “Comecei tardiamente neste universo, pois era ligada ao setor corporativo e esperei meus filhos crescerem para começar, mas sempre estive atenta a oportunidades do mercado. Comecei customizando peças afro e a confeccionar turbantes quando notei que o segmento afro estava em alta. Criei a marca Queen África Viva que se fortaleceu no mercado, mas não somente com moda, mas com a cultura ajudando a comunidade do meu entorno, principalmente com mulheres”, salienta.

 

 

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