Costurando pela Vida atinge a marca de 1 milhão de máscaras produzidas

Prefeitura de São Paulo investe R$ 7,5 milhões em produção de máscaras para população e servidores

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, recebeu nesta quarta-feira, 12 de agosto, a máscara número 1 milhão produzida pelo programa Costurando pela Vida realizado pela pasta. A cerimônia ocorreu na sede da Fundação Porta Aberta, uma das entidades que produzem os equipamentos. No local, também foram entregues os primeiros certificados para as costureiras qualificadas pelo programa. A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Gianella, também participou do evento ao lado da presidente da Fundação, Jacira Jacinto da Silva.

“O Costurando pela Vida, além da produção das máscaras incentiva a contratação de costureiras das periferias pelas empresas que participaram do edital, promovendo a geração de renda de quem mais precisa como os microempreendedores, cooperativas e artesãos, que estavam com pouca ou nenhuma atividade devido à pandemia”, destaca a secretária Aline Cardoso.

Diante dos resultados positivos com a primeira fase de distribuição das máscaras de tecido, que contaram com R$ 3 milhões da Prefeitura, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho investirá mais R$ 3 milhões para a confecção de outra remessa de 1 milhão de máscaras.

“Com esse novo recurso, decidimos manter aberto o edital para contratação de artesãos, costureiras, microempreendedores individuais, cooperativas, microempresas e empresas de pequeno porte para o fornecimento de máscaras”, explica Aline Cardoso. O edital está disponível pelo site www.prefeitura.sp.gov.br/desenvolvimento

O programa lançado em abril pelo prefeito Bruno Covas conta ao todo com R$ 7,5 milhões de investimentos para a produção total de 2,4 milhões de máscaras e equipamentos de proteção individual.

As máscaras de tecido, produzidas pelo programa Costurando pela Vida da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, estão sendo distribuídas em equipamentos públicos, por entidades que atuam com a população em vulnerabilidade social e para os profissionais da administração que estão na linha de frente no combate ao coronavírus.
“Com a obrigatoriedade do uso de máscaras e o avanço dos estudos comprovando que vidas estão sendo salvas com o uso frequente da proteção, esse programa ganhou ainda mais importância. As pessoas mais necessitadas têm recebido o equipamento juntamente com cestas básicas dos programas Banco de Alimentos e Cidade Solidária, em uma ação intersecretarial da Prefeitura”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

As 16 empresas e entidades selecionadas para a produção dos equipamentos tiveram que seguir o padrão adotado pela Anvisa e as normas da ABNT na produção. Cerca de 500 costureiras contratadas estão produzindo outros dispositivos de proteção, que já atingiram 13 mil itens como propés, toucas e aventais.

Qualificação profissional

O Costurando pela Vida também está possibilitando a qualificação profissional e geração de renda na área da costura. As oficinas têm sido realizadas pela Fundação Porta Aberta e a Cita, que foram contratadas por meio de edital para produção de máscaras, aventais, toucas e propés. Além da oportunidade de trabalho, a entidade oferece também 144 horas de capacitação em moda e costura, com foco em qualificação profissional e empreendedorismo. Nesta quarta-feira, 12 de agosto, a primeira turma com 13 costureiras receberam o certificado após aprender na prática técnicas de costura, além de como gerar renda por meio da produção de peças.

“Com essa qualificação vocês poderão ter um novo horizonte na carreira profissional costurando, além das máscaras, outros produtos e tendo a oportunidade de gerar renda neste momento de pandemia”, disse a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Berenice Gianella

Para a presidente da Fundação Porta Aberta, Jacira Jacinto da Silva, participar do Costurando pela Vida tem trazido aprendizados para a instituição. “Esse trabalho foi um grande desafio para nossa entidade, que já possui expertise na qualificação profissional, mas ainda não tinha lidado com produção em larga escala, além do cenário atípico de uma pandemia. Tem sido um aprendizado diário, que atraiu até voluntários dedicados a nos ajudar nesta ação, que irá resultar em formação para pessoas em vulnerabilidade social, além de ajudar a proteger a população contra o coronavírus”, destaca.

Valdice Ferreira dos Santos, que foi qualificada pelo programa, disse que tinha vontade de costurar, mas nunca teve oportunidade e os encontros de capacitação e fabricação de máscaras do Costurando pela Vida foram de extrema importância para que ela aprendesse a nova profissão. “Com os encontros pude aprender todos os passos para costurar e acredito que isso mudou a minha vida, porque tenho interesse em seguir na área e conseguir ingressar em uma vaga de trabalho futuramente”, comenta. “Diante do cenário em que vivemos, foi muito importante termos noção do processo de fabricação e conseguir valorizar ainda mais o trabalho de quem está por trás fazendo os equipamentos de proteção de quem trabalha na linha de frente, como os médicos”.

Já para Thales Benedito de Jesus Martins, que antes da quarentena atuava como jovem monitor cultural pela Secretaria da Cultura, o programa surgiu como uma oportunidade em que ele pôde agir diretamente para ajudar no combate à pandemia. “Foi muito gratificante participar porque neste momento de pandemia, a gente se sente, de certa forma, impossibilitado e eu gostaria de ajudar de alguma maneira”, conta. “A capacitação foi muito importante porque chegamos sem saber nada, foi tudo do zero, e fomos nos aprofundando cada vez mais. Nunca tinha pensado em costurar antes, mas agora penso em fazer outros cursos para me profissionalizar e também, desenvolver um projeto de geração de renda por meio da costura na região em que moro”.

Para a produção de 427.200 aventais, toucas, propés e máscaras, a Prefeitura está investindo R$ 1,5 milhão. O Costurando pela Vida possibilitou também que outras Secretarias pudessem adquirir máscaras por meio do programa. As pastas de Direitos Humanos e Cidadania, Pessoa com Deficiência, Habitação, Assistência e Desenvolvimento Social, Cultura, Infraestrutura, Fazenda e Verde e Meio Ambiente compraram ao todo 530.600 máscaras. Os cerca de 500 mil equipamentos restantes foram adquiridos pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. Ao todo, já foram entregues à população mais de 1.038.182 de equipamentos.

 

 

Siga a SMDET nas redes sociais