Cozinhando pela Vida inicia nesta quarta (1) distribuição de 30 mil refeições para população em vulnerabilidade

Regiões central e noroeste serão atendidas com 600 refeições diárias nos próximos dois meses

Para somar esforços às iniciativas da Prefeitura de São Paulo de apoio à população em situação de vulnerabilidade social e com foco na geração de renda e movimentação da economia local, o programa Cozinhando pela Vida, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho fará a produção e distribuição de marmitas nas regiões central e noroeste da cidade, a partir desta quarta-feira, 1 de julho.

“O Cozinhando pela Vida é uma iniciativa de três pilares. Além de alimentar a população que está em situação de vulnerabilidade durante a pandemia do coronavírus, também emprega e auxilia na renda de cozinheiras e movimenta o comércio local, onde são comprados os insumos das refeições”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

As entidades Casarão Brasil e Instituto Laudenor de Souza farão a produção diária de 600 refeições, sendo 300 no almoço e 300 no jantar, distribuídas gratuitamente nas regiões central e noroeste, respectivamente, em um período de oito semanas, totalizando 30 mil marmitas entregues no período.

Outras 150 mil refeições devem ser produzidas nos próximos meses pelo programa. “Mesmo com a retomada da economia e diminuição do contágio do coronavírus, a crise causada pela pandemia impacta diretamente a população mais pobre. Esse programa tem como foco a segurança alimentar, mas também a geração de renda a diversas famílias das regiões mais carentes de São Paulo”, destaca Aline Cardoso.

A um valor de R$ 10 por unidade, cada refeição tem 500 gramas e é composta de uma dieta balanceada e nutritiva com arroz branco, feijão carioca, carne vermelha moída, legumes, macarrão e salada, além de uma fruta de sobremesa.

As duas entidades se reuniram com a equipe técnica da Cosan – Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, para o alinhamento dos pontos de atendimento e logística da produção. Os profissionais contratados pelas entidades foram submetidos a uma capacitação em boas práticas na manipulação de alimentos, garantindo as normas de vigilância sanitária.

Tendo como foco o atendimento a pessoas vulneráveis do grupo LGBTQIA+, o Casarão Brasil produzirá na cozinha da Casa Florescer, equipamento que acolhe mulheres trans e travestis da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

“O Programa Cozinhando pela Vida, que estamos trabalhando juntamente à Secretaria, é de extrema importância, pois entre grande parte da comunidade LGBTI a família é o maior fator de exclusão. A única saída desse público é, na maioria das vezes, morar na rua. O projeto atenderá a comunidade da região central de São Paulo, melhorando os índices de nutrição desta população e atendendo o objeto principal de nossa entidade: apoiar, contribuir e estar ao lado da população mais vulnerável”, comenta o presidente do Casarão Brasil, Rogério de Oliveira.

Atuando na zona noroeste, o Instituto Laudenor fará as marmitas e enviará para a Associação de Migrantes pela Integração Comunitária – AMIC, que fará a distribuição dos alimentos. “O Instituto Laudenor de Souza atua fortalecendo iniciativas de agricultura familiar agroecológica visando a implementação do conceito de soberania alimentar. O Programa Cozinhando pela Vida é uma oportunidade de levar alimento saudável e de qualidade à população em situação de extrema vulnerabilidade que é ainda mais impactada pela pandemia do coronavírus”, explica a coordenadora do Instituto Laudenor de Souza, Janaina Ribeiro Rezende.

Incentivo à economia local

Buscando auxiliar na geração de renda de quem está sem emprego durante a pandemia do coronavírus, a Prefeitura orientou que as entidades selecionadas contratassem cozinheiros para a produção dos pratos durante todo o período do programa, remunerados por um salário equivalente à jornada diária de trabalho. O Casarão Brasil selecionou 12 mulheres para o preparo das marmitas, enquanto o Instituto Laudenor de Souza selecionou 10 profissionais, sendo 5 cozinheiros e 5 auxiliares de cozinha, responsáveis pela montagem e produção das marmitas.

Outra ação de impacto econômico local do Cozinhando pela Vida é que as entidades devem, preferencialmente, adquirir ingredientes no comércio local, incentivando pequenos empreendedores que estão enfrentando a crise do coronavírus. Em apoio a rede de agricultores da cidade, a maior parte dos insumos utilizados pelo Instituo Laudenor de Souza serão adquiridos da agricultura familiar e do comércio local próximos ao endereço da cozinha que será utilizada.

Por: Miguel Guedes

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