Empreendedoras Digitais realiza primeiro evento do Programa com mais de 100 participantes

O público acompanhou palestras e cases de mulheres inspiradoras que fazem parte do setor tecnológico

Na última quarta-feira, 17 de abril, ocorreu a primeira ação do Programa Empreendedoras Digitais, iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), em parceria com a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, e com execução da Ade Sampa – Agência São Paulo de Desenvolvimento e da Softex. O Meetup – Empreendedoras Digitais, contou com a presença de mais de 100 mulheres de diversas regiões da cidade.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, participou da abertura do evento e destacou a importância da iniciativa. “Nosso objetivo é articular ações que empoderem a mulher no mercado de trabalho e abram novos horizontes. Apostar na tecnologia é apostar no futuro e promover a inclusão de todos. Na cidade de São Paulo a vocação para esta área é enorme, por isso a gestão pública incentiva essas iniciativas que contam com novas formas de geração de renda”, destacou.

No início do evento, a coordenadora de Empreendedorismo e Desenvolvimento de Negócios da Softex, Rayanne Nunes, fez uma breve apresentação do Programa e destacou a importância da parceria entre os órgãos. “Construir uma política tem sempre um desafio, mas isso não pode ser uma barreira que impeça a mulher de encontrar e ocupar o seu espaço. Juntos a gente consegue ir muito mais longe. Por isso essa parceria é tão importante”, ressaltou.

O Programa tem o objetivo de promover o protagonismo feminino por meio da capacitação e do desenvolvimento de empresas de base tecnológica. A meta é capacitar 300 mulheres e gerar 30 startups que serão acompanhadas em um processo de pré-aceleração a ser realizado na capital.

Com pouco mais de um mês de lançamento, o Programa já conta com mais de 490 mulheres pré-cadastradas para acompanhar as ações, encontros e atividades que serão desenvolvidas. Deste total, há interessadas de 21 estados diferentes, sendo mais de 50% de São Paulo.

"Esse ainda é um mercado muito masculino e as mulheres representam somente 20% da força de trabalho na área de TI. Nós queremos ampliar a participação feminina no empreendedorismo digital e promover o protagonismo das mulheres nas empresas de base tecnológica”, declara o secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Paulo Alvim.

A fundadora do Elas In Tech, Clarissa Luz, falou sobre a sua trajetória como advogada e influenciadora e sobre o objetivo do Movimento. “Precisamos de mais espaço feminino em eventos híbridos, oferecer oportunidades para o público feminino, principalmente por meio de parcerias com empresas, além de aumentar e viabilizar investimentos de empreendedoras”, declarou.

Durante a sua apresentação, a fundadora da Conta Black, Fernanda Ribeiro, abordou a importância do networking. “O futuro é conectado e baseado na melhor das conexões, que é a que é feita entre as pessoas. É importante fazer parte dessas redes de pessoas para compartilhar as suas experiências com as dos outros e aprender juntos”, declara.

Já a fundadora do Programaria, Iana Chan, destacou que a participação feminina no mercado tecnológico se dá por conta da falta de oportunidades que as mulheres têm. “Nosso objetivo é inspirar as novas gerações a se interessar por tecnologia, quebrando o tabu de que é uma área de atuação somente masculina. A diversidade precisa estar em todo o mercado de trabalho”.

As participantes:
Clarissa Luz é especializada em Direito da Tecnologia, Proteção de Dados e Propriedade Intelectual pela University of California, Berkeley ‘17; em Direito da Propriedade Intelectual pela FGV-SP; em Direito Internacional pela The Hague Academy, Holanda; com graduação pela PUC-Rio. Diretora Executiva da Berkeley Law Society - Tech Innolab. Morou no Vale do Silício em 2017, onde atuou como Legal Fellow para o California Lawyers for the Arts. Co-fundadora da Comissão de Estudos da Legislação em Empreendedorismo Criativo e Startups da OAB SP - Pinheiros. Membro do Blockchain@Berkeley. Membro do Cybersecurity Group do Fórum Brasileiro de IoT. Líder da Comissão de Estudos da Regulação de Proteção de Dados da AB2L. Jurada do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) na premiação anual para Startups Latam (Washington/2016 e Miami/2017) e jurada do MIT Inclusive Innovation (2018 e 2019). Mentora jurídica de diversas associações. Fundadora do Elas_inTech, movimento para a inclusão de mulheres na tecnologia.



Fernanda Ribeiro é co-fundadora e CCO da Conta Black e Presidente da Associação AfroBusiness. Formada em turismo e pós-graduada na área de comunicação corporativa. Atuou em empresas multinacionais nas áreas de qualidade, e-commerce, experiência do cliente, treinamento e comunicação interna. Dedica-se também ao desenvolvimento de ações e programas para fomento da diversidade, inclusão econômica e social relacionados às temáticas de gênero e étnico-raciais, com ênfase em empreendedorismo e finanças. Curadora dos programas Startup A e E-commerce Social. Mentora Black Rocks Startups. Finalista do Prêmio Mulheres Tech in Sampa. Vencedora do Prêmio Empregueafro Talento da Diversidade e Prêmio CITI Jovens Empreendedores na categoria Organização Social Mais Transformadora. Reconhecida na lista dos 50 profissionais Hustlers a serem seguidos segundo a Gama Academy.



Iana Chan é uma empreendedora apaixonada por tecnologia e educação. Formada em jornalismo pela ECA/USP, é fundadora da PrograMaria, empresa com a missão empoderar mulheres por meio da tecnologia e da programação. Trabalhou em grandes empresas como Editora Abril, Fundação Victor Civita e na Liga Ventures, aceleradora corporativa de startups, onde foi community manager e program manager, responsável pelo programa Oxigênio Aceleradora, da Porto Seguro.

Mês da Mulher atendeu mais de mil mulheres em diversas ações
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo promoveu durante o mês de março diversas ações para mais de mil mulheres. As atividades fizeram parte do Mês da Mulher que teve como objetivo debater a participação feminina no mercado de trabalho. Durante todo o mês, as mulheres puderam participar de uma vasta programação de oficinas, palestras e rodas de conversa em todas as regiões da cidade. As atividades foram realizadas pelas Coordenadorias de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e pela Ade Sampa.

A participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro tem ganhado destaque principalmente nos últimos anos. Em 2007 a presença feminina representava 40,8% do mercado formal. Já em 2016, esse número subiu para 44%. Os dados são do Ministério do Trabalho e são baseados em pesquisas do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística as mulheres trabalham, em média, três horas a mais por semana do que os homens – considerando trabalho remunerado, atividades domésticas e o cuidado de pessoas. Mesmo contando com um nível educacional mais alto, elas ganham 76,5%, em média, do rendimento dos homens. O Instituto estima que o rendimento médio mensal dos homens gira em torno de R$ 2.306, enquanto o das mulheres cai para R$ 1.764.

“É importante debatermos diariamente sobre a presença das mulheres no mercado de trabalho. A maioria dos números e dos problemas são conhecidos, por isso oferecemos ações que possam melhorar essa questão. Nesses encontros a gente pode se conectar para que a mulher ganhe mais força nessa luta e vença todos os desafios que são impostos seja no mercado de trabalho formal ou no empreendedorismo”, declara a secretária de Desenvolvimento Econômico, Aline Cardoso.

Por: Damaris Rodrigues
damasouza@prefeitura.sp.gov.br 

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