Aline debate com candidatas a deputada a ampliação da participação feminina na política, durante evento na Câmara Municipal

O Brasil ocupa a posição 156 no ranking de países com presença de mulheres no legislativo. O estudo, realizado pela União Interparlamentar, até setembro de 2018, tem Ruanda, país africano, como primeiro colocado. O posto ocupado reflete nos números nacionais em que apenas 54 mulheres foram eleitas, entre os 513 deputados federais, na última eleição.

A fim de ampliar o debate sobre a participação feminina na política e também em outros segmentos da sociedade, a Câmara Municipal de São Paulo recebeu, nesta terça-feira, 18 de setembro, o 5º Encontro Mulheres com Direito. O evento faz parte das ações do movimento que reúne diversas iniciativas, grupos e coletivos com o objetivo de ampliar a participação das mulheres nos três níveis de governo.

O painel de abertura contou com a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Aline Cardoso, e da advogada especialista em Direito Eleitoral, Juliana Bertholdi. Para a secretária, que é vereadora licenciada na capital, “a mulher na política não é um fim, mas um meio”. A titular da pasta destacou que a participação da mulher é imprescindível para a sociedade. “Com mais mulheres na politica, melhoraremos a sociedade. Ela é o meio para esse processo, mas é necessário que seja parte da transformação”.

Aline destacou que as conquistas da mulher no século XX avançaram em algumas temáticas como saúde, educação, inserção no mercado de trabalho e exercício da cidadania, como o direito ao voto. “Todo esse conjunto de ações são importantes. No entanto, alguns pontos ainda não estão plenamente consolidados. Precisamos buscar o desenvolvimento, visando avançar em conquistas que vão gerar maior impacto como a participação política e a liderança corporativa. Com isso, poderemos beneficiar muito mais mulheres que ainda não conquistaram seu espaço”, ressalta.

No mercado de trabalho, apenas 5% das empresas tem mulheres na presidência. O cenário no país ainda é mais restrito, aproximadamente 45% das empresas brasileiras não contam com presença feminina na diretoria. “Os impactos econômicos mostram que a diversidade de gênero traz aumento de 15%¨nos resultados financeiros das empresas. Pelo menos US$ 28 trilhões seriam adicionados ao PIB Global anual, até 2025, em um cenário que os países alcançassem a equiparação de gênero”, destaca.

“A participação da mulher na politica é um movimento de conscientização com a finalidade de renovação. Isso nos dará oportunidade de levar mais pautas femininas que hoje são pouco tratadas pelas politicas públicas e no legislativo”, salientou a fundadora do Movimento Mulheres com Direito, Fabiana Garcia.

O encontro ainda proporcionou ao público o contato com candidaturas femininas de diversos partidos com o objetivo de ampliar as discussões em temáticas que favoreçam a representatividade da mulher.

Por: Solange Borges
solpereira@prefeitura.sp.gov.br 

 

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