Cultura indígena é representada na exposição Memória da Terra

O trabalho de pesquisa e convivência da artista Vânia Pires com a comunidade Kadiwéu é apresentado na Casa do Bandeirante

A cultura da comunidade indígena Kadiwéu é tema da exposição Memória da Terra desenvolvida pela artista plástica e pesquisadora Vânia Pires, que será inaugurada dia 31, às 15h, na Casa do Bandeirante.

Localizada no Pantanal do sul-mato-grossense, a tribo Kadiwéu tem sua arte representada pelas mulheres que aplicam grafismos geométricos compostos por espirais, volutas e meandros nos corpos e na cerâmica. O convívio da artista com essas mulheres resultou nas produções da série de tigelas e nas representações do joão-bobo.

As tigelas dispostas em três tamanhos que se encaixam representam a transmissão do conhecimento a cada geração na fabricação da cerâmica. Já os bonecos de joão-bobo simbolizam a persistência da cultura indígena perpetuando suas tradições, idiomas e rituais característicos.

Mantendo a modelagem pela técnica do acordelado - sobreposição de tiras de argila - a artista aplicou ainda imagens das mãos das índias trabalhando o barro na superfície das tigelas e a cada joão-bobo foi aplicado um padrão de pintura corporal usado até o final do século XIX.

A exposição fica em cartaz até dia 13 de julho. Para falar sobre este trabalho de pesquisa e criação, Vânia Pires conversa com o público, dia 7 de junho, às 15h30, no local.

Serviço: Casa do Bandeirante. Pça. Monteiro Lobato, s/nº. Butantã. Zona Oeste. Tel.: 3241-4238 - ramal: 227. Curadoria: Inés Raphaelian. De 31/5 a 13/7. De 3ª a dom., das 9h às 17h. Grátis