Inventário de Obras de Arte em Logradouros Públicos da Cidade de São Paulo

Giuseppe Verdi

O Comitato pró Monumento a Verdi, formado pela colônia italiana em São Paulo, reuniu vários projetos para a execução de um monumento ao compositor italiano e os encaminhou ao prefeito Washington Luís, em 1915. A Prefeitura nomeou um júri para deliberar sobre o mérito artístico dos projetos e, no mesmo ano, autorizou a implantação do monumento de autoria de Amadeu Zani, classificado em primeiro lugar, no local do antigo Mercado São João, em logradouro que recebeu a denominação de praça Verdi.

Amadeu Zani (Canda, Itália, 1869 – Niterói, RJ, 1944), radicado em São Paulo desde os 18 anos de idade, foi à Itália em 1916 para executar o monumento. Mais tarde, afirmaria ser esta a melhor obra entre aquelas que projetou para a cidade. Verdi está sentado, com um pergaminho sobre os joelhos e uma pena na mão direita. Atrás e em pé, uma alegoria à música é representada como uma mulher com asas, segurando uma harpa. Giuseppe Verdi (Roncole, 1813 – Milão, 1901) era de origem humilde e começou a estudar música graças a um rico comerciante italiano, Barezzi, que financiou seus estudos em Milão. Alcançou o sucesso com peças teatrais como Rigoleto (1851), La Traviata (1853) e Aida (1871). Otelo (1887) e Falstaff (1893) são consideradas suas obras-primas.

O monumento a Verdi foi inaugurado em outubro de 1921. A revista A Cigarra publicou fotos mostrando aspectos da festa: a multidão que compareceu ao evento e autoridades como o Prefeito Firmiano Pinto, representantes do Estado e da Comissão Executiva.

Em virtude de obras de remodelação urbanística no Parque Anhangabaú, para a abertura da avenida Anhangabaú e sua ligação com a avenida Tiradentes, executadas durante a gestão do Prefeito Prestes Maia (1938-1945), o monumento a Verdi foi removido para as escadarias de acesso à rua Libero Badaró. A praça Verdi, em frente ao edifício dos Correios, deixou de existir.


Seção Técnica de Levantamentos e Pesquisa
Divisão de Preservação - DPH