Mostra Internacional de Formas Animadas ocupa Vila Itororó e Teatro Cacilda Becker

Equipamentos culturais municipais recebem apresentações de teatros de bonecos até 12/10

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia o apoio à Mostra Internacional de Formas Animadas, realizada entre 30/09 e 12/10 em São Paulo. A programação promove a diversidade do teatro de formas animadas enquanto prioriza a qualidade artística, inovação, tradição e os históricos dos artistas e coletivos. É composta por 14 apresentações de espetáculos brasileiros de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e Ceará, além de trabalhos da Itália e Argentina, e se dão no Centro Cultural Vila Itororó e no Teatro Cacilda Becker.

A exposição é idealizada pelo Centro de Referências das Formas Animadas, um espaço que se propõe a fomentar e fortalecer pesquisas brasileiras, além de potencializar o intercâmbio cultural e intelectual entre outros países que pesquisam o Teatro de Bonecos. Com este festival, buscam expandir esse segmento artístico para o país, de modo a incentivar diferentes formas de arte e formação cultural.

Abaixo, confira a programação completa.

 

A Ilha do Tesouro

O Que De Que - Brasil

Em um solo com bonecos a Cia conta A Ilha do Tesouro, uma história cuja trama de aventura remete aos contos de heróis e suas provações, mas aqui nosso protagonista é Jim, um jovem, com cerca de 11 anos. Esse corajoso aventureiro conhece um velho lobo do mar, ganha um mapa do tesouro, singra os mares dentro de um enorme navio, enfrenta piratas, vence os perigos de uma ilha deserta, encontra um fantasma e por fim, descobre o seu tesouro.

Ficha técnica | Direção e Dramaturgia: Fábio Superbi. Direção de Arte: Rodrigo Andrade. Intérprete Criador: Rodrigo Andrade. Confecção dos Cenários e Bonecos: Aimê Uehara, Fábio Superbi e Rodrigo Andrade. Trilha Sonora: Ricardo Pesce. Pintura dos Cenários: Manu Romeiro. Figurinos: Juliana Andrade. Produção: UM OITO Produções Artísticas.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sexta: 30/09 às 21h.

 

Preludes

Teatro de Bonecos La Capra Ballerina - Itália

Um quarto sem paredes, uma cama nua e uma tigela de água no palco. Uma mulher doente, um pato fantoche, uma máscara mortuária. Ao encarnar a morte e narrar a história do pato, a doente pode aceitar o seu anunciado fim de vida.

Ficha técnica | Direção: Damiano Privitera. Elenco: Laura Bartolomei.

| Vila Itororó. Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista. Sábado: 01/10 às 11h.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sábado: 01/10 às 21h.

 

As Estripulias de Benedito Contra a Cobra Caninana

Cia Os Tecelões Teatro Com Bonecos - Brasil

Baseado na cultura popular e nos folguedos nordestinos, o Espetáculo de Cassimiro Coco conta a história do tocador de Boi Benedito de oliveira que viaja mundo afora para se apresentar dançando o Boi e em umas de sua apresentação se ver em uma aventura assim precisa resolver o mistério de uma cobra que apareceu na cidade e engole tudo que se move! Ao chegar na cidade, se apaixona por Rosinha moça linda e destemida filha do coronel João Redondo, dono de tudo e todos, e envia seu jagunço Cabo 70 para acabar com a festa e prender Benedito. Com muita alegria, bom humor e música, o espetáculo vem desde 2015 arrancando boas gargalhadas de todas as idades.

Ficha técnica | Texto, Direção e Ator Manipulador: Andreisson Quintela. Ator Manipulador: Fernando Prado.

| Vila Itororó. Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista. Quarta: 12/10 às 13h.

 

Água Doce

Cia da Tribo – Brasil

Com prólogo que trata da relação do homem com a água doce, dando destaque aos rios brasileiros, o espetáculo conta a história do mito da Iara e de outros seres folclóricos presentes nas comunidades ribeirinhas. O espetáculo traz quatro personagens – Iara, Abaré, Cacira e Xirú – que se aventuram para proteger os rios. Iara, a Mãe do Rio, é amaldiçoada ao matar sua irmã, Cacira, e sua amargura deixa um rastro de destruição, com o rio poluído e sujo. Seu irmão, Abaré, enviado pelo pai Xirú, se aventura por correntezas e turbulências para reencontrar sua irmã e dar nova vida aos peixes e ao rio. Na trajetória, encontra seres de mitos ribeirinhos que o ajudam na jornada, como a Cobra Grande, o Cabeça de Cuia, as três Marias, o Jaguarão e o Pirarucu.

Ficha técnica | Texto e Direção: Milene Perez e Wanderley Piras. Direção de Produção: Wanderley Piras. Direção Musical e Trilha Sonora Original: Rogério Almeida. Bonecos: Adriano Castelo Branco. Atuação: Alef Barros, Geovana Oliveira, Milene Perez e Wanderley Piras. Cenografia: Wanderley Piras. Assistente de Cenografia: Dino Soto. Figurino: Milene Perez. Designer Gráfico: Gabriel Bueno. Fotografia: Bruno Pucci. Operação de som: Alexander Nishiama. Produção: Cia da Tribo.

| Vila Itororó. Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista. Quarta: 12/10 às 16h.

 

O Menino Feio

Cia De Teatro Caricaturas - Brasil

O Menino Feio é um espetáculo com bonecos, que narra a história e os conflitos de um garoto muito esperto, filho de um sapateiro que adorava contar histórias. O menino cresceu e decidiu dar asas a sua imaginação , virou o grande escritor HANS CHRISTIAN ANDERSEN. Andersen é figura central da peça, a encenação é conduzida por um ator-manipulador dos bonecos que vivem os personagens de suas histórias. As histórias abordam temas pertinentes ao universo da criança: medo, solidariedade, honestidade, autoestima, amor e liberdade. A peça faz também um alerta contra o preconceito bullying.

Ficha técnica | Texto: Elizete Gomes. Direção: Ivaldo De Melo. Elenco: Ivaldo De Melo, ator manipulador e bonecos da companhia. Iluminador: Nilton Araújo e Fátima Ribeiro. Som: Fátima Ribeiro e Nilton Araújo. Bonecos, Adereços, Cenografia e Músicas: Ivaldo De Melo.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sábado: 08/10 às 16h.

 

Folia Brasileira

Teatro de Mamulengo do Mestre Valdeck de Garanhuns - Brasil

Folia Brasileira é um espetáculo literalmente popular, onde vários aspectos da nossa cultura se descortinam para a plateia através do teatro de mamulengo. A história se passa na fazenda de seu Vicente Pompeu que está realizando uma bela quermesse para ajudar a Associação dos Agricultores Orgânicos e comemorar o noivado de seus afilhados Simão e Marieta. A festa, além das barracas de arte local e da comida regional, terá uma mostra de folguedos e danças da nossa cultura popular. Para organizar a folia, ele manda chamar Simão de Lima Condessa, que é o noivo e seu braço direito. Simão fica encarregado de tudo, desde a culinária até a parte artística do evento, e para isso conta com a ajuda de sua companheira Marieta e alguns amigos. Simão começa os preparativos, mas é interrompido por um empresário gringo que quer modificar o esquema da festa com mediocridades da mídia. Com muita astúcia e ajuda da plateia, Simão resolve os problemas e consegue realizar a festa, com atrações autênticas e tradicionais da nossa cultura popular. Durante a brincadeira se apresentam: maracatu, reisado, coco, bumba meu boi de Pernambuco e do Maranhão, frevo, e Zé de Duda, o maior sanfoneiro do mundo.

Ficha técnica | Manipulação e vozes: mestre Valdeck de Garanhuns. Manipulação de bonecos de dança: Regina Drozina. Músicos: Trio Tropeiros da Serra Adriano dos Santos Silva Oriquerê – sanfona, pandeiro e caixa Lidiomar, Brito Farias – triângulo, agogô e matraca, Leandro Barbosa – zabumba e pandeirão. Figurinos e adereços: Regina Drozina Texto. Músicas: mestre Valdeck de Garanhuns. Confecção dos bonecos: Mestre Valdeck de Garanhuns, Regina Drozina, Mestre Solom, Mestre Saúba, Mestre Pedro Boca Rica, Dito Melo e Mestre Zé Lopes. Realização: Mestre Valdeck de Garanhuns.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Domingo: 09/10 às 19h.

 

Desmonte

Grupo Girino – Brasil

“Desmonte” é inspirado nos rompimentos de barragens da mineração nas cidades mineiras de Brumadinho e Mariana. A peça denuncia os desmontes praticados pela política predatória das mineradoras, propondo uma resistência necessária contra o esquecimento desses crimes.

Ficha técnica | Realização: Grupo Girino. Direção e dramaturgia: Tiago Almeida. Direção de arte e cenografia: Taisa Campos. Elenco: Iasmim Marques, Kely de Oliveira e Marco Aurélio Bari. Iluminação: Pedro Paulino e Richard Zaira (Cia Tecno). Construção de maquetes e miniaturas: Gustavo Campos Lages (Ed), Iasmim Marques, Igor Salgado, Kely de Oliveira, Marco Aurélio Bari, Taisa Campos e Tiago Almeida. Construção de bonecos: Gustavo Campos (Ed). Pintura e acabamentos: Igor Salgado. Assistência de ateliê: Amanda Porto e Yuri Victory. Figurino: Iasmim Marques. Consultoria técnica audiovisual: Guilherme Pedreiro e Daniel S. Ferreira. Trilha sonora: Tiago Almeida. Produção executiva: Iasmim Marques. Filmagem: Limonada Audiovisual. Fotos: Hugo Honorato.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sexta: 07/10 às 21h.

 

O Princípio do Espanto

Grupo Morpheus Teatro – Brasil

Um boneco pensa conduzir os objetos e a vida à sua frente, mas nada sabe sobre o que está por detrás de si mesmo, nada sabe sobre o homem que é responsável por seu mais simples movimento. Um homem crê controlar o boneco que construiu, mas compartilha com este a ignorância do que está por trás de si próprio. Criador e criatura em uma relação sem palavras. O Princípio do Espanto acaba por se tornar um discurso sobre a metafísica. Impossível ao espectador não se pensar em uma das duas posições, a de manipulador ou a de manipulado, não tomar consciência do jogo de ilusões em que frequentemente se envolve no mundo real, não se lembrar de sua própria revolta ao percebê-lo.

Ficha técnica | Direção, Criação e Atuação: João Da Silva Araujo. Operação técnica: Verônica Gerchman. Figurino, Cenário e Adereços: João Da Silva Araujo. Construção do Boneco: João Da Silva Araujo.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sábado: 08/10 às 21h.

 

Bonecos, Ritmos e Músicas

Cia Bonecos Urbanos – Brasil

Cia. Bonecos Urbanos pretende mostrar através de um espetáculo interativo, personagens do dia a dia de uma metrópole. Trabalhando com duas linguagens: A Lúdica e a Educativa, juntando ambas para mostrar a diversidade instaurada nas grandes cidades, e as diferenças culturais de habitantes vindos das diversas regiões do Brasil. O espetáculo é totalmente musical e interativo, a trilha varia de ritmos modernos até a tradicional “Moda de Viola”.

Ficha técnica | Concepção e Direção: Cia. Bonecos Urbanos. Elenco: Eduardo Alves e Rubinho Louzada. Standing: André Luiz Músicas - Letras e Melodias: Rubinho Louzada e Eduardo Alves.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Sábado: 01/10 às 16h.

 

Elisa e os Cisnes Selvagens

Teatro Por Um Triz – Brasil

Na história, 12 irmãos (11 príncipes e 1 princesa) são expulsos de seu reino por uma madrasta má. Os meninos sofrem uma maldição da madrasta, que faz com que eles se transformem em cisnes durante o dia e só voltem à forma humana à noite, por isso são obrigados a migrar, como todas as aves migratórias. Elisa, a irmã, é forçada a trabalhar na casa de camponeses. Quando crescem, os irmãos se reencontram. Elisa migra com seus irmãos para outro reino e lá, apesar de despertar o amor do rei, é rejeitada pela população local e pelo Primeiro Ministro, que veem nela uma ameaça ao status quo daquela sociedade. Com perseverança, Elisa consegue descobrir uma forma de salvar os irmãos do terrível feitiço, e ao final da história, ela e seus irmãos conquistam o respeito da população daquele reino provocando mudanças significativas naquela sociedade. O espetáculo começa num espaço repleto de caixas de mudança. Duas mulheres, que estão sendo obrigadas a deixar aquele lugar, enquanto separam seus pertences, caixas e livros, mergulham na história de Elisa e, vivenciando a história, sentem-se mais fortalecidas a enfrentarem a situação e lutarem também por uma transformação. Elisa é uma princesa que enfrenta diversos desafios, como salvar seus irmãos de uma maldição, sofrer um desterro e encarar o preconceito de um povo que não a aceita por ser diferente. O grupo encontrou no conto a possibilidade de abordar com as crianças questões como a intolerância e a importância do respeito e aceitação do diferente. A encenação utiliza a linguagem do Teatro de Papel, explorando técnicas como pop-up, bonecos bi e tridimensionais, origami, kirigami, sombras, etc, pesquisando as diversas possibilidades que o papel oferece.

Ficha técnica | Elenco: Andreza Domingues e Márcia Nunes. Direção: Péricles Raggio. Cenário e figurinos: Miguel Nigro. Arquitetura de Papel: Liana Yuri. Música: Luciano Antonio Carvalho.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Domingo: 02/10 às 16h.

 

Pra Lá de Teerã

Grupo Sobrevento – Brasil

O novo espetáculo do Sobrevento nasce de uma pesquisa sobre a Cultura Persa e os pontos de intersecção dela com a nossa própria Cultura. Mobarak é o personagem principal da peça. O seu nome vem do árabe Mubarak, e significa abençoado ou bendito (em latim, Benedictus). Curiosamente, Benedito é o nome do personagem principal de muitos brinquedos populares de bonecos no Nordeste do país. Ambos são negros e pobres, empregados ou servos e é com eles que nos identificamos. É o nosso herói, mesmo com todas as suas vicissitudes. No Teatro de Bonecos iraniano tradicional, o Mobarak costuma valer-se da ‘lingueta”, pequeno apito artesanal que produz um som agudo e característico, colocado pelo manipulador dentro da boca. Tal recurso, frequente no teatro de fantoches europeu e mesmo asiático, foi abandonado no Brasil, apesar de ser encontrado em números de ambulantes em feiras e praças, celebrizado pelo número “o saco de gatos”. Tanto no Kheimeh-shab-baz como no Mamulengo, encontramos a figura do narrador, posicionado à vista do público, fora do palco dos bonecos. Os bonecos dialogam com ele e até lhe devem (ou lhe deveriam) respeito e uma certa obediência. Mas os bonecos são – e sempre serão – os guardiões da liberdade! Em um tempo de muito pragmatismo, economicismo e dureza, em que à Cultura são negados a merecida importância e o devido valor, o Sobrevento traz a Pérsia ao Brasil, para discutir – com muita leveza e bom humor - o papel do artista na sociedade e o lugar do Teatro no mundo.

Ficha técnica | Elenco: Sandra Vargas, Luiz André Cherubini, Agnaldo Souza, Maurício Santana e J. E. Tico. Direção, cenografia, dramaturgia e canções: Luiz André Cherubini. Figurinos: Sandra Vargas. Arranjos musicais: Maurício Santana. Bonecos: Mandy e Sobrevento.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Domingo: 02/10 às 19h

 

Histórias de Meia Sola

Fernan Cardama – Argentina

Há sapatos, pequenos, grandes, pretos, corajosos, apaixonados, otimistas, solidários, contos de fadas... Não são todos iguais, cada sapato tem seu aroma, sua música... sua história. Aquiles Petruchelli, sapateiro, sabe disso e está determinado a compartilhá-lo. Portanto, se você for à sua oficina, verá que lá não apenas os sapatos são consertados, mas também as histórias são contadas. Da oficina "A felicidade dos pés", Aquiles oferece-nos a sua forma de ver a vida e deixa-nos com meias solas e um novo sorriso. "Histórias de media sole” é um espetáculo de objetos e atuações onde pequenas histórias e uma versão de Chapeuzinho Vermelho se sucedem, representadas com sapatos. Ele diz “Aquiles Petruchelli “...Você conhece as histórias de cima, dos personagens...eu os conheço de baixo, de seus sapatos”, e então ele nos mostra sapatos apaixonados que dançam tango, botas, salvador, sandálias, patas de sapo, barcos de palhaço…

Ficha técnica | Autores: Carlos Piñero e Fernán Cardama. Intérprete: Fernán Cardama. Direção: Carlos Pinheiro. Ideia e Produção: Fernan Cardama.

| Vila Itororó. Rua Maestro Cardim, 60 - Bela Vista. Sábado: 08/10 às 11h.

| Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa. Domingo: 09/10 às 16h.