PREFEITURA DE SÃO PAULO

Jup do Bairro e Baile da Independência abrem comemorações do Bicentenário da Independência

Ocupação Narrativas Dissidentes acontece neste sábado, 27 de agosto, na Casa de Cultura Chico Science

25/08/2022 13h01

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia a Ocupação Narrativas Dissidentes como abertura do projeto Vozes da Independência, em comemoração ao Bicentenário da Independência. O evento visa a refletir o marco histórico sob uma perspectiva diferente por meio de intervenções artísticas e debate na Casa de Cultura Chico Science, neste sábado (27), das 14h às 21h. A apresentação da cantora Jup do Bairro encerra a atividade, com show acessível em LIBRAS, às 20h.

O Baile da Independência abre a atividade a partir das 14h e apresenta Kiki SP Vogue Jam, uma mostra performática que convida quatro Houses da Cena Kiki de São Paulo para apresentarem seus trabalhos. Para o evento, foram convidadas House of Mamba Negra, House of La Raia, House of Serpentes e House of Dengo, cada uma delas trazendo suas identidades estéticas e expressões de liberdade através de coreografias tendo como inspiração as artes independentes, narrativas revolucionárias e poderes emancipatórios através da potência da Cultura Ballroom. Biel Lima é o mestre de cerimônia, que conduzirá a programação junto a DJ Guto e DJ Paula Fayá.

Em seguida, às 17h, o evento também recebe o painel de debate Independência nas Artes, com tradução em LIBRAS, construído a partir de reflexões sobre o 7 de setembro na perspectiva das manifestações artísticas e culturais dissidentes, com a presença de Mona Rikumbi, Maria Vilani Gomes e mediação de Preto Téo. A Ocupação Narrativas Dissidentes é encerrada com o show Corpo Sem Juízo, de Jup do Bairro, às 20h, com tradução simultânea em libras.

Confira a programação completa abaixo.

 

14h às 17h | Baile da Independência com Kiki SP Vogue Jam e Mc Biel Lima + DJ Guto + DJ Paula Fayá.

Dj Paula Fayá

Iniciou sua trajetória em 2015 com a intenção de somar com as mulheres no toca discos, se especializou e em meados de 2016 se fixou nos estilos dancehall e hiphop, motivada pela vivência na dança e vendo a falta de representatividade feminina nos tocas discos da cena. Tem referências de ensino DJ Nando MArques, DJ Smokey Dee do doctors mcs, DJ Jeff BaSS e Dj Miria Alves.

DJ Guto

Baseia sua pesquisa musical nos ritmos da cultura negra, como estudante de canto suas influências perpassam o samba e a música popular porém em seus sets podemos perceber nitidamente seu amor pelas músicas do continente, afrobeats, Kuduro, afrohouse são alguns dos ritmos presentes

 

17h às 18h30 | Painel Independência nas Artes com Mona Rikumbi, Maria Vilani Gomes e mediação de Preto Téo. LIBRAS.

Mona Rikumbi

Atriz, bailarina, performer e palestrante. Primeira mulher negra cadeirante a atuar no Theatro Municipal de São Paulo. Ativista nas causas raciais, de gênero, de manutenção das tradições africanas, no protagonismo dos artistas com deficiência e na moda acessível. Destaque na Casa Vogue, entrevistada pela Isto É. Participou da construção do movimento negro no país. Suas performances, espetáculos e palestras tem se destacado em palcos como Sesc, Virada Cultural, Unibes, entre outros. Kiwá Matamba segue trajetória de sucesso tendo participado de Festivais como "Sem Barreiras", "Mulheres em Cena", "Odara Fashion" e "Corpos, Sujeitos e Resistências" , entre outros.

Maria Vilani Gomes

Filósofa e poeta cearense Maria Vilani promove arte, educação e empatia para crianças e adolescentes do Grajaú, periferia paulistana onde mora há 40 anos. Autodidata, aprendeu a ler sozinha e hoje tem seis livros publicados.

Preto Téo

É poeta, produtor cultural e ator. Totalmente autônomo e independente, integra a organização do Slam Marginália, batalha de poesias feita por e para pessoas trans e gênero dissidentes, onde atua como slammaster e produtor. Também nesta função, integra a equipe do projeto de intervenção artística audiovisual “Okó: fragmentos de masculinidades transatlânticas” e a Produtora Itinerante Mafuá, coletividade de trabalhadores da cultura, focada no mapeamento e impulsionamento de artistas LGBTQIA+.

 

20h | Show Corpo Sem Juízo com Jup do Bairro. LIBRAS.

Jup do Bairro

Nascida e criada no Valo Velho, bairro do distrito do Capão Redondo, zona sul da cidade de São Paulo, a multiartista Jup do Bairro iniciou sua carreira em 2007, e encontrou nas artes a possibilidade de externar suas vivências. Durante sua trajetória, atuou como educadora, palestrante, stylist, atriz, cantora, performer e produtora de eventos, tudo de forma autodidata e sempre colocando em pauta narrativas que atravessam seu corpo. Jup fala sobre as próprias vivências como mulher trans, nascida e criada na periferia de São Paulo.

 

| Casa de Cultura Ipiranga - Chico Science. Rua Abagiba, 20, Av. Pres. Tancredo Neves, 1265 - Vila Moinho Velho. 27/08, das 14h às 21h.