Ópera “Aida”, de Giuseppe Verdi estreia no Theatro Municipal em junho

Dividida em quatro atos, “Aida” conta com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coro Lírico e do Coral Paulistano. A ópera narra o drama de amor entre uma escrava etíope e um importante comandante do exército egípcio

São Paulo, 19 de maio de 2022 – A Ópera Aida, de Giuseppe Verdi, estreia no Theatro Municipal de São Paulo no dia 3 de junho. A récita, dividida em quatro atos, com o libreto de Antonio Ghislanzoni é considerada uma das mais grandiosas e empolgantes de Giuseppe Verdi. O enredo traz Aida, uma mulher escravizada que enxerga sua história dividida entre o amor por um homem e o amor por seu povo e sua pátria. Ambientada no período da guerra etíope-egípcia, a ópera fica em cartaz entre os dias 3 e 11 de junho e contará com a participação da Orquestra Sinfônica Municipal, sob a regência e direção musical do maestro Roberto Minczuk, do Coral Paulistano, sob a regência de Maíra Ferreira e do Coro Lírico, sob a regência de Mário Zaccaro. A montagem, inédita, apresenta o olhar atento da diretora cênica e cenógrafa Bia Lessa.

Para esta nova versão o Municipal contará também com a participação da soprano brasileira Priscila Olegário, que está em vibrante ascensão nos palcos da Europa, tendo recentemente interpretado Aida no Teatro di San Carlo, de Nápoles. Com passagem por importantes palcos, a soprano que já integrou o seleto grupo de cantores da "Accademia Verdiana" no Teatro Regio di Parma, tem na bagagem a convivência e aprendizado com grandes especialistas do repertório Verdiano, como Renata Scotto, Barbara Frittoli, Mariella Devia, Michele Pertusi, entre outros. Mestre em performance pelo Conservatório Real de Bruxelas e bacharel em Canto Lírico pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Essa montagem, em especial, é simbólica para todos os envolvidos, já que ela precisou, ainda em 2020, no auge da pandemia, ter a estreia adiada.

“A volta da Aida soa para nós como uma conquista, superamos diversos momentos ruins para poder voltar ao palco com todas as forças. É a primeira grandíssima produção de ópera do Theatro desde a pandemia. Lembrando também que os ensaios da Aida foram as últimas atividades que a nossa colega, a maestrina Naomi Munakata, participou preparando o coral paulistano. Então fazer essa obra acontecer é, em parte, uma grande homenagem à memória dela”, afirma Roberto Minczuk, maestro da Orquestra Sinfônica Municipal.

Para o maestro, o espetáculo é triunfal em todos os sentidos, sendo considerado uma das maiores óperas de proporções gigantescas de toda a história, já que envolve muitas pessoas em uma única apresentação. “É uma das mais incríveis óperas de um dos maiores gênios da música, além de ser mundialmente conhecida por trazer um contexto atual, já que fala sobre a conquista e a opressão de um povo sobre outro povo. O Egito era uma potência que dominava e oprimia as nações vizinhas, no caso aqui da Etiópia, levando escravos, matando, violentando, estuprando as mulheres, coisas que ligamos a televisão hoje e percebemos isso acontecendo na nossa realidade. Mas, sobretudo, também é uma história de amor, de esperança que nos dá significado e nos faz refletir sobre a questão humana, em todos os aspectos”, completa Minczuk.

Para a diretora cênica, a Aida foi criada para ser uma ópera popular e que faz parte de um consciente coletivo, tornando a uma superprodução que atrai grande público para o teatro. “É uma ópera que traz todo um imaginário junto com ela, sendo sempre um imenso desafio para o diretor, pois todo mundo já tem uma imagem definida de Aida, então criar uma imagem nova é sempre um desafio. Para mim é muito importante estar à frente dessa ópera e respeitar todas as rubricas e regras que estão dentro da própria partitura, mas também descobrir onde está o limite para colocarmos a nossa opinião e explicar o motivo de estarmos montando aquilo”, afirma Bia Lessa, diretora cênica e coreógrafa da ópera.

Toda a direção foi baseada em explicitar a relação de poder entre os etíopes, os escravizados, e os egípcios, como senhores colonizadores, mostrando um pouco dos dois povos e tomando a liberdade de usá-los para falar sobre essa relação de poder que se estabelece durante uma guerra. Uma vez essa relação estabelecida, a humanidade é abstraída levando, inevitavelmente, à guerra.

Ainda de acordo com Bia, o tema central da ópera é a guerra, seus horrores e como esses conflitos acabam com pessoas, culturas e civilizações. “Aida é uma ópera que, no segundo ato, mostra guerrilheiros vitoriosos se vangloriando por terem massacrado o povo etíope retornando a seu povoado, o que traz uma visão no mínimo contraditória. O que significa vencer? Vencer é acabar com o outro? Destruir o diferente? Então, na minha opinião, uma vitória em guerra é uma vitória burra, já que não é a que precisamos nesse momento, e sim, criarmos uma humanidade nossa, onde os diferentes possam coexistir mesmo sempre de outras culturas e sociedades. E é isso que eu quero mostrar nas cenas de Aida, um ato de coletividade e compaixão fazendo um paralelo entre o Egito antigo e os dias atuais”, completa Lessa.

A obra estreia no Theatro Municipal de São Paulo no próximo dia 3 de junho e os ingressos custam entre R$30 e 150 reais, além da classificação de 14 anos. Para mais informações sobre as apresentações, acesse: https://theatromunicipal.org.br/pt-br/evento/opera-aida-de-giuseppe-verdi/

 

Ópera “Aida”, de Giuseppe Verdi

Theatro Municipal

03/06/2022 | 20h

04/06/2022 | 17h

05/06/2022 | 17h

07/06/2022 | 20h

08/06/2022 | 20h

10/06/2022 | 20h

11/06/2022 | 17h

[Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos]

 

AIDA

De Giuseppe Verdi

Ópera em 4 atos com libreto de Antonio Ghislanzoni

 

Orquestra Sinfônica Municipal

Coro Lírico

Coral Paulistano

 

Roberto Minczuk, direção musical e regência

Mário Zaccaro, regente do Coro Lírico

Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano

Bia Lessa, direção cênica e cenografia

 

Priscila Olegário, Aida (03, 05, 07 e 10)

Marly Montoni, Aida (04, 08 e 11)

Ana Lucia Benedetti, Amneris (03, 05, 07 e 10)

Andreia Souza, Amneris (04, 08 e 11)

David Pomeroy, Radamés (03, 05, 07 e 10)

Paulo Mandarino, Radamés (04, 08 e 11)

David Marcondes, Amonasro (03, 05, 07 e 10)

Douglas Hahn, Amonasro (04, 08 e 11)

Savio Sperandio, Ramfis

Orlando Marcos, Faraó

Caio Durán, Mensageiro

Elayne Caser, Sacerdotisa

 

Sylvie Leblanc e Maira Himmelstein, figurino

Liliane de Grammont, coreografia

Paulo Pederneiras, desenho de luz

João Malatian, assistente de direção cênica

 

Audiodescrição disponível em 05/06, solicite o recurso na Bilheteria

Classificação | 14 anos

Duração total aproximadamente 3 horas (com intervalo)

Ingressos R$ 30 a R$ 150

As récitas dos dias 5 e 11 de junho são patrocinadas por Bradesco

 

SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.

Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.

 

SOBRE A SUSTENIDOS

Eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, a Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Projeto Guri (nos polos de ensino do interior, litoral e Fundação CASA), do Conservatório Dramático-Musical dr. Carlos de Campos - Tatuí e do Complexo Theatro Municipal. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir neste link.

Patrocinadores e apoiadores do Theatro Municipal de São Paulo - Sustenidos: Bradesco.

Patrocinadores Institucionais da Sustenidos: Microsoft e VISA.

 

Gestão de relacionamento com a imprensa e influenciadores: Approach Comunicação

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