Centenário de 22: 5º Baile Modernista acontece neste final de semana

Casa de Cultura do Butantã recebe Tasha e Tracie; última edição também conta com Vandal, Katú Mirim, Sodomita e Peroli

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anuncia o 5º Baile Modernista que acontece neste sábado (30). Depois das edições na Praça das Artes, Centro Cultural da Juventude, Teatro Flávio Império e Praça do Campo Limpo, é a vez da Casa de Cultura do Butantã receber a celebração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 22.

A quinta e última edição do Baile Modernista traz o tema Do Boom Bap ao Drill para os palcos da Zona Oeste, e conta com a Dj Peroli; a rapper e ativista da causa indígena Katú Mirim; a rapper e MC Sodomita; o músico Vandal; e as irmãs gêmeas Tasha e Tracie.

Todas as apresentações são gratuitas e estão sujeitas à lotação do espaço, sendo necessário apresentar o passaporte de vacinação. Não é preciso retirar ingressos.

Confira, abaixo, a programação completa.

 

16h | Peroli (Dj Set)

16h30 | Katú Mirim

17h40 | Sodomita

18h50 | Vandal

20h | Tasha e Tracie

| Baile Modernista - Do Boom Bap ao Drill. Casa de Cultura do Butantã - Avenida Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri. 30/04, 16h às 21h.

 

Sinopses completas:

Peroli (DJ SET) [LIVRE]

Peroli começou a sua carreira de DJ em 2018, trazendo em seus sets as músicas que gostaria de ouvir na pista. Com menos de 2 anos de carreira, se apresentou em diversos eventos importantes da cidade como: SP NA RUA, Virada Cultural Paulista e Arte no MASP, representando a Perifa no Toque. Projeto em que conquistou seu espaço como co-fundadora.

Além disso, Peroli é uma das idealizadoras da festa Side Grime, que tem como foco retomar, fomentar e explorar as possibilidades sonoras dentro da cena do grime e suas vertentes no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Mesmo durante a pandemia, ela continuou seus trabalhos enfrentando toda essa dificuldade que o meio artístico tem passado, se projetando para uma carreira internacional. Articulando seus contatos, Peroli passou por algumas rádios renomadas de Londres - berço do Grime, como BBC 1xtra, NTS, Rinse FM e Reprezent Radio, participando com dj sets e contribuindo com curadoria em alguns programas e gravadoras por lá. Em 2021, teve seu nome citado em uma matéria da Pitchfork - uma das mídias mais importantes para música mundial, que trazia uma lista de referências de mulheres que estão fomentando a cena do grime no Brasil.

 

Katú Mirim [LIVRE]

Katú Mirim, Rapper, compositora e ativista da causa indígena. É reconhecida por suas letras, que através do rap/rock, reconta a história da colonização pela ótica indígena e por levantar questões, até então pouco discutidas no cenário musical atual, como a demarcação de terras, o indígena no contexto urbano, o resgate da ancestralidade, o uso indiscriminado da cultura indígena e a forma como são tratados os indígenas no Brasil e os indígenas LGBTQIA+.

 

Sodomita [LIVRE]

Sodomita é cantora, rapper, MC, chanter e produtora cultural, travesti preta e periférica, da Zona Leste de São Paulo, inicia sua carreira na música durante a pandemia em 2021, a partir de seus estudos com o Funk, Rap e Vogue, viralizando e se apresentando em diversos espaços de resistência preta, periférica e LGBTQIA+, trazendo sua vivência para suas letras, com uma mensagem de enfrentamento a cisnormatividade, pautando a luta contra a transfobia, afeto transcentrado e ascensão social de corpes pretes.

 

Vandal [LIVRE]

Nome forte da música baiana, curador dos novos talentos periféricos do Museu Cidade da Música da Bahia, onde trabalhou com o grande gringo Cárdia, Vandal é oriundo de festas de largo na capital baiana, vem trazendo sentido direto à liberdade de expressão e transformando tudo de verdadeiro na sua vida em música. Visceral, direto, apaixonado e realista, sua música fisga pela entrega física em suas performances. Se vale de amplas vertentes da bass music mundial como drill, grime, onde foi o artista pioneiro em apresentar esses gêneros por todo país, mescladas à estilos regionais fazendo assim uma contemporânea proposta ligada ao rap.

 

Tasha e Tracie [LIVRE]

As irmãs gêmeas Tasha e Tracie Okereke, de 25 anos, são as responsáveis pela criação do movimento expensive shit - nome homônimo ao blog que mantém - que visa a valorização da auto-estima e da autonomia dos jovens negros, que vivem nas periferias, por meio de conhecimento, arte, moda e informação. A dupla tem ganhado cada vez mais espaço em veículos de comunicação, inclusive internacionais, à partir do seu principal lema: "Somos arte, rua, África e não damos a mínima pras suas etiquetas", conceito criado por elas e que difunde a moda urbana como forma de expressão e resistência, somada à criatividade, característica que elas transbordam. Elas atuam como MC's, DJs, diretoras de arte, designers e palestrantes, mas as irmãs se denominam ativistas periféricas e recusam qualquer outro tipo de rótulo. Hoje nas redes sociais compartilham suas trajetórias, rotina diária dividida entre trabalho e vida pessoal.