São Paulo é reconhecida como uma das principais metrópoles do mundo e, como em todas, a vida e expressionismo urbano fazem parte de seu cotidiano agitado. Cada vez mais se tornando uma verdadeira galeria a céu aberto e um polo do grafite mundial, a partir do dia 03 de dezembro, a região central da cidade ganhará uma obra de proporções gigantescas, concebida e assinada por Tim Burton. Apresentado pela Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Museu de Arte de Rua (MAR), com produção da Rua 34 Produções, o cineasta irá entregar uma arte que criou especialmente para os paulistanos e que será grafitada pela artista brasileira, Luna Buschinelli.

Intitulada de “Mural Tim Burton”, a enorme empena de 25 metros de largura por 85 metros de comprimento (mais de 2000m²) fica localizada no Edifício Garagem Parque 25, no Parque D. Pedro II, 732. O local não foi escolhido à toa. Assim como todas as intervenções urbanas, o espaço foi estrategicamente pensado para que grande parte da população seja impactada diariamente. Vizinha do Terminal Parque D. Pedro II, pela região passam cerca de 400 mil pessoas, que serão impactadas diariamente, além da estar próxima do Mercado Municipal de São Paulo e na Rua 25 de março, dois marcos turísticos de intensa visitação da cidade.

A obra também poderá ser em breve conferida através do MAR 360° (www.mar360.art.br), um projeto do Museu de Arte de Rua (MAR), com realização da Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e desenvolvido pela Triarts New Media. A plataforma traz um mapa totalmente interativo, em um verdadeiro tour virtual cultural pelas mais variadas zonas e bairros que cortam a cidade. O “Mural Tim Burton”, assim que finalizado, terá suas imagens e ângulos captados para também fazer parte do acervo do MAR 360°.

SOBRE TIM BURTON
Tim Burton, diretor e artista, é amplamente considerado um dos cineastas mais criativos e visuais do cinema. Burton cresceu em Burbank, Califórnia, e frequentou o California Institute of the Arts (CalArts), onde estudou animação de personagens e criou seus primeiros curtas, os quais chamaram a atenção da Walt Disney Productions e lhe renderam um aprendizado no estúdio. Em 1982, enquanto estava lá, ele dirigiu seu primeiro curta, Vincent, um stop motion em preto e branco de 6 minutos baseado em um poema de Burton e narrado por seu herói, Vincent Price. Durante seu tempo com a Disney, ele também dirigiu a adaptação para o curta-metragem de João e Maria de 1983, inspirada no kung fu, e o curta-metragem de ação ao vivo Frankenweenie de 1984, que mais tarde seria refeito como um longa-metragem em stop motion em 2012. Ao longo dos anos, Burton alcançou sucesso comercial e de crítica nos gêneros live-action e animação. Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco de Fleet Street, de 2007, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Filme - Musical ou Comédia e deu a Burton um prêmio do National Board of Review por seu trabalho de direção. Muitos de seus filmes - como Ed Wood (1994), Sleepy Hollow (1999), Big Fish (2003) e Alice no País das Maravilhas (2010) - receberam inúmeras indicações e vitórias ao Oscar, BAFTA e ao Globo de Ouro, consolidando seu status como um dos maiores cineastas do nosso tempo. Ele tem seguidores dedicados, principalmente por longas-metragens clássicas como sua estreia na direção de 1985 e seu inesperado sucesso cômico, Pee-wee’s Big Adventure; o extremamente inventivo Beetlejuice (1988); o blockbuster de ação Batman (1989); e sua continuação Batman Returns (1992). Talvez sua maior conquista da indústria seja ajudar a revigorar a indústria do stop-motion, começando com sua criação de 1993 e o clássico cult de Tim Burton, The Nightmare Before Christmas; seguido por Noiva Cadáver de 2005 e Frankenweenie de 2012, sendo os dois últimos filmes indicados ao Oscar e ao BAFTA. Porém, indiscutivelmente, seu filme mais amado é a fantasia romântica de 1990, Edward Mãos de Tesoura - dirigido, co-escrito e produzido por Burton. O filme também marcou o início de sua parceria cinematográfica de sucesso com Johnny Depp, que teve uma atuação comovente no papel-título do filme “burtoniano” por excelência. Muito antes de se tornar um diretor, Burton se expressou por meio do desenho, da pintura e da fotografia, todos os quais se tornaram parte integrante de seu processo criativo, que continua até hoje. Sua extensa biblioteca de obras de arte foi documentada em livros, incluindo a amada série ilustrada de poesias The Melancholy Death of Oyster Boy & Other Stories e The Napkin Art of Tim Burton - um livro de esboços rabiscados em guardanapos coletados em suas viagens. É um olhar na mente de um homem que está sempre na estrada, sempre atento ao mundo estranho ao seu redor. O livro prepara as pessoas para seu lançamento em 2009, The Art of Tim Burton, um volume de 430 páginas compreendendo mais de 40 anos de sua arte pessoal e profissional. Coincidindo com seu lançamento, o Museu de Arte Moderna inaugurou uma extensa exposição de sua obra em Nova York, que seguiu em turnê por Melbourne, Toronto, Los Angeles, Paris e Seul. Uma segunda exposição de sua arte, The World of Tim Burton, foi apresentada em Praga, Tóquio, Osaka, Brühl, São Paulo, Xangai, Hong Kong, Genk, Cidade do México, e continua em turnê internacional.

SOBRE LUNA BUSCHINELLI
O trabalho de Luna Buschinelli se desenvolve a partir da experiência onírica e figurativa que retrata, através de alegorias críticas, o mais profundo das sensações humanas. Nascida em São Paulo em 1997, viveu seus primeiros anos entre a cidade natal e Trancoso, Bahia. Durante esses anos, assimilou como referência visual, construções jesuítas, a arte regional, assim como as cores e espaços de ambas as cidades, trazendo uma forte contraposição entre rural e urbano em seus trabalhos. A partir de uma incessante série de experimentações intuitivas, em processos que podem variar desde a pintura a óleo, intervenções urbanas, até a apropriação e criação de objetos simbólicos, seu universo encontra refúgio entre as sensações vividas, o corpo material e o mundo onírico.Ao cruzar as vivências e as referências - derivadas das riquezas e vicissitudes retratadas nas narrativas de pensadores antigos ou contemporâneos - a artista tece narrativas e, por meio destas, traduz temas que expressam o profundo abismo dos sentimentos humanos e, encontram lugar na psicanálise e na filosofia. A obra de Luna Buschinelli está engajada com a complexidade da mente e do inconsciente, e através de imagens meticulosas e simbólicas colocam em pauta temas como a memória, história e moralidade.

SOBRE RUA 34 PRODUÇÕES
Desenvolvemos processos criativos que envolvem linguagens diversificadas como as Artes Plásticas e Visuais, Música, Performance, Design Gráfico e Web, Audiovisual e as Tecnologias Digitais Imersivas. Criamos, produzimos e gerenciamos exposic?o?es e espeta?culos no campo das artes e do entretenimento. Fazemos o agenciamento e a gestão desses projetos, intermediando relacionamentos entre parceiros que apoiam o desenvolvimento da economia criativa no Brasil e no mundo. Nossos vizinhos são artistas, produtores e designers, que reuniram-se para criar exibições, exposições e publicações com reconhecido valor cultural. Desde 2014, temos atuado em parcerias com instituições públicas e privadas. Fazemos isso ora com apoio de editais e projetos incentivados por leis municipais, estaduais e federais, ora com investimento privado.

SOBRE O MUSEU DE ARTE DE RUA DE SÃO PAULO (MAR):
MAR - Museu de Arte de Rua entrega para São Paulo painéis em empenas de prédios e em muros espalhados pelas cinco macrorregiões da cidade. O projeto, resultado da parceria entre as Secretarias Municipal de Cultura e das Subprefeituras, além de incentivar o desenvolvimento da arte urbana pelas ruas e avenidas da metrópole, promove intervenções com temática ligada à pandemia da Covid-19 em dois eixos distintos, propostos pela Secretaria Municipal de Cultura.

Em um deles, os artistas homenageiam quem está na linha de frente do combate à pandemia, como profissionais da área da saúde e entregadores. A outra vertente desta edição do projeto, em um aspecto mais amplo e subjetivo, contempla obras que promovam esperança e alento às dificuldades deste período.

“Dentro das limitações da quarentena, o MAR é uma excelente possibilidade de oferta de cultura para a cidade de São Paulo, aliando arte, esperança e homenagens às inúmeras pessoas que lutam contra a pandemia”, comenta o secretário municipal de Cultura, Hugo Possolo.

Em 2019, foram mais de 30 obras de arte urbana em diferentes suportes, como graffiti, stencil, fotografia, sempre em grandes dimensões. Na edição de 2020 do MAR foram contempladas mais de 20 obras.

SOBRE A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SÃO PAULO:
O Departamento de Cultura nasceu do sonho de várias personalidades revolucionárias para a época, como Sérgio Milliet, Mário de Andrade e Paulo Duarte. Este último foi autor do primeiro projeto enviado, em 1935, para o então prefeito de São Paulo, Fábio Prado. Criado a partir do Ato nº 861, o departamento teve como primeiro diretor o escritor Mário de Andrade.

Dentre as atividades desenvolvidas pela nova pasta, destacaram-se: pesquisas folclóricas, levantamentos demográficos, construção de parques infantis, criação do Coral Paulistano e do Setor de Iconografia, além de desenvolvimento de publicações variadas.

Destituído Mário de Andrade do cargo de diretor, o departamento manteve o caráter pluralista da proposta original, buscando valorizar a vida cultural da cidade; promover a diversão de crianças e adultos e dar visibilidade às festas tradicionais de São Paulo. Ficou, também, sob sua responsabilidade a guarda e conservação de documentos históricos.

Em 1945, o Departamento de Cultura foi vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Higiene e, em 1947, à Secretaria Municipal de Cultura.

ASSESSORIA DE IMPRENSA - MURAL TIM BURTON:

 

REGIS MOTISUKI – regis@motisukipr.com.br
VITOR DEYRMANDJIAN ROSALINO – vitor@motisukipr.com.br