Prefeitura cria grupo de trabalho Modernismo 22+100 para construir as celebrações do Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Secretaria Municipal de Cultura será responsável pela condução dos trabalhos, em conjunto com a sociedade; Ciclo de debates vai construir curadoria coletiva

A Prefeitura de São Paulo oficializou em decreto a criação do Grupo de Trabalho “Modernismo 22+100”, da Secretaria Municipal de Cultura, com o objetivo de preparar as reflexões e comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.

Atuante desde fevereiro deste ano, o grupo de trabalho prepara uma série de ações já de olho nas celebrações. Na próxima semana, se iniciam as gravações dos primeiros debates do Ciclo Modernismo 22+100, um conjunto de encontros entre 100 personalidades da Cultura e da Cidade de São Paulo que formarão uma curadoria conjunta para as celebrações.

O planejamento para o próximo ano envolve não apenas as datas da Semana, entre 11 e 18 de fevereiro de 2022, mas sim um conjunto de ações estruturantes e uma programação que vai atravessar o calendário cultural da cidade, do Aniversário de São Paulo, passando pelo “Carnaval da Pauliceia Desvairada”, até o bicentenário da Independência.

Com o Ciclo, a Prefeitura e a sociedade elaboram juntos e de maneira democrática uma celebração que vai representar o reencontro de São Paulo com ela mesma e com a cultura, nas palavras do Secretário de Cultura da Cidade de São Paulo, Alê Youssef. “É muito especial que esse reencontro ocorra com os valores do Modernismo, de multiculturalismo, diversidade e antropofagia.”

O projeto vai também engendrar reflexões sobre como estabelecer na cidade um Novo Modernismo – cujo eixo nasce nas periferias, com diversas expressões culturais originais e significativas para um novo pacto civilizatório. Nove Bibliotecas Municipais serão os Centros de Referência para esse debate, integrando os equipamentos da Secretaria e os territórios da cidade à discussão.

“O Novo Modernismo é a antropofagia a partir das periferias”, diz Youssef. “Muito da cultura brasileira a partir de 1922 foi antropofágico: o Carnaval de Rua, o Tropicalismo, o Punk da Periferia, o Hip Hop, o Funk.”

O decreto também institui uma Comissão de Instituições Culturais "Modernismo 22+100”, para a construção de um calendário cultural público-privado. A Comissão será integrada por representantes de instituições de grande relevância no contexto acadêmico, histórico e cultural da Cidade de São Paulo.

“O ano de 2022 será fundamental na História do Brasil, e o Modernismo 22+100 vai além da celebração de uma efeméride para ser uma das formas de contribuir com o debate cultural, em um momento em que precisamos restabelecer a inteligência e a criatividade como fatores centrais para o desenvolvimento social, econômico e humano no país”, conclui o Secretário.

Ciclo 22+100

Com destacada atuação em seus campos de trabalho na cultura, nas artes e no cenário intelectual, os 100 participantes do Ciclo poderão expor suas visões e ideias sobre o assunto e contribuir para a construção e elaboração dos festejos e das ponderações sobre o Centenário.

Serão 20 encontros públicos reunindo os participantes do Ciclo, formando uma curadoria conjunta. Os grupos de até cinco pessoas resultarão em reflexões e elaborações a partir de três eixos temáticos: Linguagens, Territórios e História. Os encontros começam em abril de 2021.

Os encontros serão gravados, transmitidos de maneira online e transformados em outros produtos culturais, como vídeos curtos e publicações para divulgação pública, ampla e gratuita do debate, compartilhado com a sociedade. Os vídeos estarão disponíveis na página 22mais100.com (em construção).

O conteúdo gerado pelo Ciclo Modernismo 22+100 também será compartilhado com a Secretaria Municipal de Educação para utilização em atividades extracurriculares em 2022.

Concursos

O Centro Cultural São Paulo e o Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria vão realizar dois concursos artísticos: um para cartaz e logomarca do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922; e o outro para um monumento em homenagem ao centenário.

Centros de Referência

Os Centros de Referência do Novo Modernismo serão estabelecidos nas seguintes Bibliotecas Municipais:

  • Zona norte

Brito Broca (Av. Mutinga, 1425 - Vila Pirituba)
Álvares de Azevedo (Praça Joaquim José da Nova, s/n - Vila Maria)

  • Zona sul

Marcos Rey (Av. Anacé, 92 - Jardim Umarizal)
Amadeu Amaral (R. José Clóvis de Castro, s/n - Vila da Saúde)

  • Zona leste

Cassiano Ricardo (Av. Celso Garcia, 4200 - Tatuapé)
Cora Coralina (R. Otelo Augusto Ribeiro, 113 - Guaianases)

  • Zona oeste

Camila Cerqueira César (R. Valdemar Sanches, 41 - Butantã)
Alceu Amoroso Lima (Rua Henrique Schaumann, 777 - Pinheiros)

  • Centro

Mário de Andrade (R. da Consolação, 94 - República)