Torre da Memória, nova sede para a documentação histórica da cidade, é inaugurada

Novo prédio totalmente reformado pela Secretaria Municipal de Cultura receberá documentos desde o período colonial até 1935, inicialmente, com perspectivas de chegar à década de 1970; coleção era armazenada no Edifício Ramos de Azevedo, sede do Arquivo Histórico de São Paulo

Aconteceu nesta quarta-feira, dia 15, a inauguração da Torre da Memória, prédio anexo do Arquivo Histórico de São Paulo, que passará a abrigar o valioso acervo de documentos da cidade, antes alocado no Edifício Ramos de Azevedo, sede da instituição.

A coleção histórica, que agora passa a ter uma nova sede, abrange desde o período colonial, além de receber novos documentos referentes ao período de 1924 a 1935, totalizando, aproximadamente 3.500 metros lineares.


Prefeito de São Paulo Fernando Haddad; diretor do Arquivo Histórico de São Paulo, Afonso Luz; secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki e a vice-prefeita Nádia Campeão descerram a placa de inauguração do novo prédio

“O Arquivo Histórico de São Paulo não é simplesmente um lugar para depositar documentos antigos, mas uma instituição que precisa dialogar com o presente da cidade. É através da reflexão e dos estudos sobre a sua própria história que vamos poder debater o futuro de São Paulo”, ressaltou o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki.

Entre os itens que compõem a documentação do Arquivo Histórico estão os registros produzidos pela Câmara Municipal de São Paulo, órgão responsável pela administração municipal desde o século XVI até a proclamação da República, em 1889. Esse conjunto é de alta relevância por representar a memória político-administrativa da cidade neste período, mostrando sua transformação urbana, social, econômica, política, etc.


Ambiente da nova Biblioteca Flavio de Carvalho

Além deste conjunto de documentos, o local abrigará, ainda, a nova Biblioteca Flavio de Carvalho, que contém o acervo do Núcleo de Apoio Bibliográfico, antes igualmente armazenado na sede do Arquivo Histórico e que agora totaliza oito mil itens, pois soma o acervo bibliográfico do Museu da Cidade, com itens sobre artes visuais e arquitetura.

“Estamos hoje dando condições para que o acervo desta importante instituição seja ampliado, por isso, uma política de acervos é imprescindível para que possamos registrar a história da cidade. Com este novo prédio, vamos poder usar o edifício sede do Arquivo Histórico de São Paulo para organizar mostras regulares e expor itens do acervo de forma contínua, tornando-o mais acessível a todos os interessados”, concluiu Bonduki.

A Torre da Memória foi viabilizada por meio da desapropriação e restauração do prédio da antiga Casa do Politécnico (Cadopô), que serviu de residência estudantil aos alunos de outras cidades que vinham cursar a Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo, quando a faculdade estava localizada no entorno.

O prédio de 8 andares foi totalmente reformado e recebeu investimento de R$ 4,2 milhões da Secretaria Municipal de Cultura. As obras contemplaram: retirada de todo o revestimento externo e substituição de pastilhas; retirada e troca de revestimentos internos como o piso; alteração de layout interno; instalação de equipamentos controlados por computador para controle de umidade nos andares do 4º ao 8º, onde ficará armazenado o acervo e instalação de elevadores e adaptação de banheiros para acessibilidade de portadores de necessidades especiais; troca de caixilhos; execução de nova cobertura, entre outras intervenções.