Em exposição, Fernandes Junior propõe um novo olhar
para os impressos do dia-a-dia
Por Gabriel Fabri
O professor e jornalista Rubens Fernandes Junior, interessado em estudar imagens fotográficas amadoras, reuniu um material relativo à produção e ao consumo de fotografias na primeira metade do século XX. Esses folhetos, peças publicitárias, entre outros impressos, estão reunidos na exposição “Papéis Efêmeros da Fotografia”, que entra em cartaz na Casa da Imagem a partir do dia 16. No dia da abertura, Fernandes Junior lança o livro de mesmo nome, publicado pela Editora Tempo d’Imagem.
O material reunido documenta o aumento da demanda pela fotografia e da oferta de serviços relacionados para a população comum. Partindo da consciência de que o fotógrafo amador é quem garantiu a sobrevivência econômica da indústria fotográfica ao longo de sua história, Fernandes Junior propõe um novo olhar para os impressos do dia-a-dia, como os folhetos que divulgavam casas de revelação de filmes, dando relevância a uma parte esquecida da história da fotografia. “Não existe nenhum estudo do mundo que trata desse assunto”, afirma o jornalista, que foi comprando e acumulando os papéis ao longo de 32 anos. “Fui percebendo que tinha algo muito rico em mãos”, diz.
Resgatar esses impressos é, para o pesquisador, uma forma de incluir outros profissionais, além do fotógrafo, na história dessa arte, dando valor a eles. “A gente conhece apenas uma parte da fotografia no Brasil. Procuro revelar uma camada a mais na história, que inclua o lojista, o laboratorista, o ilustrador”, explica Fernandes Junior.
Serviço: Casa da Imagem. R. Roberto Simonsen, 136-B. Próximo da estação Sé do metrô. Ao lado do Pátio do Colégio. Centro. | tel. 3241-4238. A partir do dia 16. Livre. Grátis.
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