Sala Olido recebe Anastácia, a Rainha do Forró

No show deste final de semana, a cantora interpreta “Só Quero um Xodó” e outras composições de sua autoria

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O jeito doce e característico de falar não nega a origem da cantora com mais de 50 anos de carreira: Anastácia, que realiza show às 18h do dia 7 na Sala Olido, é pernambucana do Recife e lembra com muito orgulho da região onde nasceu. “O Nordeste é rico em arte e cultura, mas parece que só de uns tempos para cá resolveram divulgar esse nosso lado bom. Antes mostravam só a tristeza e a fome”, afirma.

A maior parceira do acordeonista Dominguinhos, com quem inclusive foi casada, soma cerca de 900 composições, quase 200 delas escritas ao lado do cantor. Anastácia é considerada a rainha do forró. “Eu ganhei esse título porque quando comecei na década de 1960 era uma das únicas mulheres que interpretavam o gênero. Eu não me sinto rainha, e sim uma simples forrozeira”, revela modestamente.

Além de Dominguinhos, a cantora fez parceria com importantes compositores, como Luiz Gonzaga e Zé Dantas. Entre suas canções destacam-se “Só Quero um Xodó”, “Tenho Sede” e “Que Diabo Você Tem”, todas presentes no repertório apresentado no show tipicamente nordestino da Olido, que mistura xote, baião, forró e arrasta-pé.  

Batizada Lucinete Ferreira, a cantora sempre foi conhecida pelo público como Anastácia, mas, para ela, esse nome artístico foi uma grande surpresa. “Eu vi a capa do meu primeiro LP com uma foto e o nome Anastácia e pensei, ‘essa não sou eu não!’. Meu produtor não tinha me avisado sobre meu novo nome”, conta com humor. Segundo ela, a escolha foi feita em referência à personagem estrelada pela atriz Ingrid Bergman, em 1956, no clássico “Anastásia, a Princesa Esquecida”, filme de Anatole Litvak. “Era um nome forte, imperial. No começo, foi muito estranho, mas hoje a Lucinete Ferreira só assina papéis, pois eu sou Anastácia, com ‘c’, 24 horas por dia”, confessa.   

Quando perguntada a respeito dos novos estilos de forró, como o universitário, ela responde rapidamente: “Meu amor, eu sou da velha guarda do forró autêntico, mas o importante mesmo é que ele esteja sempre na boca do povo!”

Serviço: Galeria Olido – Sala Olido. Centro. Dia 7, 18h. Grátis (retirar ingresso uma hora antes)