Exposição- A Respeito da Proximidade

Estreou no dia 20 de fevereiro a exposição A respeito da proximidade, de Luiz Paulo Baravelli

Sobre a exposição: reúne obras de Luiz Paulo Baravelli produzidas desde a década de 1980 até os dias de hoje. As obras fazem parte da série Caras, que começou a ser desenvolvida por ocasião da 41ª Bienal de Veneza em 1984, da qual participou, e foi retomada em 2015 sob uma lógica nada identificada com a ideia de evolução ou linearidade. Baravelli prefere trabalhar com a cronologia circular, assim pode ir e voltar, recortar, alterar, aumentar ou diminuir suas caras no momento que lhe for oportuno, sem a necessidade de hierarquizá-las a partir de tais operações. Antes de serem Caras - pinturas que são quase objetos, estruturas quase autônomas - alguns daqueles rostos já habitavam outras de suas pinturas - aquelas que seguem mais ou menos o esquema figura e fundo - como mais um dos elementos da composição. São como personagens recortados de uma cena e aumentados em 500 vezes o seu tamanho, podendo ser deformados, alterados, misturados ou mesmo inventados, criados do zero. A exposição contará também com alguns estudos e desenhos do artista que foram produzidos em
consonância com a série.

Sobre o artista: Luiz Paulo Baravelli (São Paulo SP 1942). Pintor, desenhista, escultor, gravador, professor, cronista. Cursa desenho e pintura na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1960 e 1962. Nessa época, estuda com Wesley Duke Lee (1931 - 2010), cuja obra torna-se uma referência importante em sua produção. Em 1964, inicia o curso de arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Leciona desenho na Escola Superior de Desenho Industrial de Ribeirão Preto e no Instituto de Artes e Decoração (Iade), em São Paulo. Participa da fundação da Escola Brasil:, juntamente com Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945) e Frederico Nasser (1945). É co-editor da revista Malasartes, entre 1975 e 1976, e da revista Arte em São Paulo, no período de 1981 a 1983. Escreve também crônicas para o jornal Folha de S. Paulo, entre 1985 e 1986. No início de sua carreira, realiza pinturas que se aproximam da arte pop. No fim dos anos 1960, cria objetos com base em materiais industrializados. A partir da década 1970, passa a dedicar-se exclusivamente à pintura. Realiza obras nas quais emprega freqüentemente suportes de formato irregular, sendo temas predominantes a paisagem urbana e a figura humana.

Curadoria: Charles Cosac
Obras: Galeria Marcelo Guarnieri

Local: Sala Oval de exposições e Hall da entrada principal da BMA- Rua da Consolação, 94

Horário de visitação: 8h às 19h